Já no próximo semestre, com os supercomputadores adquiridos com a emenda parlamentar, a equipe irá iniciar o projeto voltado para o monitoramento da região de Rio Verde

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) entregou à Universidade Federal de Goiás cinco computadores de alto desempenho destinados ao Centro de Estudos, Monitoramento e Previsão Ambientais do Cerrado, o Cempa-Cerrado, laboratório que vai funcionar em parceria entre a UFG e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com tecnologia semelhante à utilizada hoje pela Nasa. A emenda parlamentar, no valor de R$ 497,8 mil, foi viabilizada por meio da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). “É uma tecnologia muito avançada, que vai oferecer ferramentas para o desenvolvimento sustentável no nosso Estado, aliando o progresso econômico com a preservação do nosso cerrado”, afirma o deputado.

O pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UFG, professor Jesiel Freitas Carvalho, destaca que a emenda destinada por Elias Vaz representa o primeiro investimento específico em máquinas a serem utilizadas pelo Cempa Cerrado, o que permite o início de atividades do Centro. “A Universidade irá oferecer estrutura e recursos humanos para o enfrentamento desse desafio importante que é a preservação e o uso sustentável do vasto ecossistema que é o cerrado”, explica. A solenidade será às 16 horas na Agência de Inovação da UFG, no campus 2.

Experiência da Nasa

Um dos responsáveis por desenvolver o modelo utilizado pelo Cempa é o pesquisador goiano do Inpe, Saulo Ribeiro de Freitas. Ele implantou técnicas semelhantes para a agência especial americana e explica que são o que existe de mais moderno no mundo hoje. “Poderemos fazer cálculos mais precisos, com dados realistas. É um nível de refinamento que pode ajudar em diversas áreas, desde a saúde pública, passando pelo agronegócio e até mesmo o gerenciamento de represas que produzem energia elétrica”.

Já no próximo semestre, com os supercomputadores adquiridos com a emenda parlamentar, a equipe irá iniciar o projeto voltado para o monitoramento da região de Rio Verde. Nessa fase, será possível fazer previsões para até 10 dias, mas, quando o sistema estiver funcionando a todo vapor, esse prazo aumenta para três meses.

O Cempa também prevê a instalação de uma rede de monitoramento do clima, com a distribuição de estacões no estado. Outra frente de atuação é a educação ambiental em escolas. “A sociedade precisa se posicionar efetivamente diante de questões que batem à nossa porta, como o aquecimento global e mudanças climáticas”, afirma o pesquisador Saulo Freitas.