Ao menos 22 árvores foram derrubadas no Campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás. As plantas, que ficavam ao lado do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), foram cortadas, segundo a Universidade, por estarem em “risco iminente de cair”. Professora de Bioquímica no Instituto aponta que outras espécies, inclusive um mogno e um cedro – ambas ameaçadas de extinção – receberam marcações para ser derrubadas.

Espécie ameaçada de extinção, o Magno também foi marcado para ser cortada | Foto: Reprodução

A professora aponta que apenas duas espécies apresentavam “algum sinal de comprometimento”, mas que elas haviam sido podadas recentemente e estavam em processo de recuperação. “As árvores capturam a energia solar e reduzem o calor que vai para o solo. Disseram que estavam fazendo isso por causa da energia limpa, mas resolvem fazer isso numa área cheia de árvore?”, questiona.

O processo de retirada sistemática do Campus, de acordo com Fernandes, teve início no último final de semana prolongado. Após denúncia nas redes sociais, a UFG teria dito que as árvores estariam fazendo sombra nas placas de energia solar instaladas recentemente.

O projeto sustentável, no entanto, não levou em consideração os ‘moradores’ daquele espaço há muito mais tempo que as placas. “O que não houve foi competência na decisão de escolher o local para colocar essas placas”, comenta Fernandes.

A Secretaria de Infraestrutura da Universidade Federal de Goiás (Seinfra/UFG) informou, por meio de nota, que a “retirada de quatro árvores ocorreu porque elas estavam doentes e com risco iminente de cair”. A nota diz ainda que devido as plantas ameaçavam a estrutua do prédio que fica ao lado. A nota não faz menção ao motivo da retirada das outras 18 árvores que não estavam doentes.

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