Técnicos do Instituto de Ciências Biológicas alegam que não foram informados sobre portaria, publicada durante o recesso acadêmica
A redução do adicional de insalubridade para os servidores do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Goiás (UFG) tem sido alvo de descontentamento. Os técnicos alegam trabalhar expostos a reagentes químicos e biológicos na unidade e, por isso, condenam a redução do acréscimo salarial de 20% para 10%, conforme portaria assinada no final de 2017 pela gestão anterior.
A assunto foi pauta de audiência nesta semana com o reitor Edward Madureira, a vice-reitora Sandramara Chaves, o Adufg Sindicato, professores e técnicos do ICB.
Durante a reunião, professores contaram que se sentiram traídos pela universidade, pois ficaram sabendo da portaria após a publicação, no dia 27 de dezembro, durante o recesso acadêmico.
O vice-presidente do Adufg Sindicato, Walmirton D’Alessandro, foi diretor do ICB durante oito anos e endossou os riscos de trabalho que os docentes são expostos no dia a dia. Além disso, professores e técnicos afirmaram não terem sido notificados da redução, conforme determina a lei.
O reitor Edward afirmou que os problemas relatados pelos professores e técnicos são complexos e que “a reitoria não tem nenhuma intenção de reduzir qualquer percentual salarial de quem quer que seja”, pois isso não traz nenhuma vantagem para a universidade.
Edward explicou também que essa decisão da redução da insalubridade vem respaldada por um engenheiro do trabalho, e que, por isso, a universidade não tem autonomia imediata para suspender a portaria.
Diante dos fatos, o Adufg Sindicato e a reitoria sugeriram a criação de uma comissão para levantar detalhadamente as condições de trabalho do ICB. A partir dos fatos expostos no relatório da comissão, a universidade poderá tomar providências sobre a insalubridade dos professores e garantir a isonomia, já que muitos docentes recebem valores diferenciados.
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