Anselmo Pereira não foi convidado para estar na com os apoiadores do prefeito. No entanto, esteve na sala do presidente da Câmara, Clécio Alves, do PMDB. Mas logo saiu

Anselmo Pereira fala ao telefone antes de entrar | Foto: Marcello Dantas/Jornal Opção Online
Anselmo Pereira fala ao telefone antes de entrar | Foto: Marcello Dantas/Jornal Opção Online

A reunião entre os vereadores da base aliada do prefeito Paulo Garcia nesta segunda-feira (1º/12) contou com uma presença inusitada: a do tucano Anselmo Pereira. O encontro que tentava estabelecer um índice alternativo ao proposto pelo Paço Municipal para o IPTU/ITU já havia começado e ele passou pelo corredor até a sala da presidência, onde os colegas se reuniam.

Com pastas na mão e celular em punho, entrou, ficou pouco mais de um minuto e retornou. “Quem da imprensa me filmou, pode desfilmar. Achei que a reunião era entre os 35 vereadores. Declaro meu voto contra o projeto”, disse ao sair, em tom irônico aos jornalistas que aguardavam o término das conversações.

Para 2015, a prefeitura quer uma atualização 57,8% e 29,7% no ano seguinte, alegando dificuldades financeiras e a defasagem de nove anos. De todo modo, Anselmo Pereira disse que discorda. “Como é uma reunião da base, muito ligada à administração, saí para deixar mais à vontade”, relatou.

O tucano estava desgostoso, pois na semana passada havia apresentado uma alternativa ao secretário de Finanças, Jeovalter Correia. Mas não obteve resposta. “Sou contrário, até que se encontre um valor que beneficie o bolso do contribuinte e que ele seja compensado com os tributos a serem recolhidos.” O titular da pasta se mostrou simpático à propositura, conforme falou, mas alertou que não só de simpatia vive o homem: “É preciso trabalhar e encontrar a solução”, resumiu.

A solução, segundo relatou, seria unir as alíquotas já aprovadas à Planta de Valores Imobiliários da capital. “Coloca os dois instrumentos em evidência, estabelece o gatilho para o teto mínimo e o máximo, aonde o que pode pagar mais, vai pagar mais, e o que pode pagar menos, vai pagar menos”, sugeriu.

Leia mais:
CCJ vai travar projeto até que base entre em acordo