Dificuldade estaria concentrada na quase certa definição em torno de José Eliton e Vilmar Rocha. Paulo de Jesus também critica falta de projetos pelos nomes peemedebistas diante do impasse do PMDB

Paulo de Jesus: "Queremos o Caiado e toda pessoa de bem que nos ajudou com o projeto do tempo novo, chapa só se fecha nas convenções" | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção
Paulo de Jesus: “Queremos o Caiado e toda pessoa de bem que nos ajudou com o projeto do tempo novo, chapa só se fecha nas convenções” | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

O presidente do PSDB goiano, Paulo de Jesus, concedeu entrevista ao Jornal Opção Online na manhã desta quarta-feira (14/5) em que comentou os últimos acontecimentos políticos no Estado no que tange composições de chapas, inclusive a da base, e também o insistente impasse peemedebista. Quanto à sua seara, o tucano admitiu ser difícil uma composição na chapa majoritária com o deputado federal e pré-candidato ao Senado pelo DEM Ronaldo Caiado porque o tempo está correndo e a cada dia fortalece a formatação com o atual vice-governador José Eliton (PP) e o deputado federal Vilmar Rocha (PSD) para a senatoria na chapa marconista.

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Questionado sobre conversações com o democrata, o tucano, que meses atrás classificava as tratativas neste sentido de avançadas, disse: “Eu, particularmente, nunca conversei com ele [Caiado] sobre isso, são companheiros nossos [que fazem a intermediação] que acham difícil, porque o momento está chegando.”

Ao abordar o tema Caiado, Paulo de Jesus fez questão de ressaltar a importância do democrata enquanto liderança política de Goiás e pontuou que de fato a presença dele na chapa agregaria mais valor. “Queremos o Caiado e toda pessoa de bem que nos ajudou com o projeto do tempo novo, chapa só se fecha nas convenções, mas percebemos que está praticamente fechado”, reiterou. O anúncio dessa provável chapa será feita por Marconi na ocasião de seu lançamento à reeleição. A conferir.

Especulações

Questionado pela reportagem sobre os votos novos que Ronaldo Caiado traria à chapa marconista e o que representa perdê-lo para a oposição, Paulo de Jesus admitiu possível preocupação neste sentido, mas respondeu dizendo-se confiante de que o democrata se lançará ao Senado de maneira independente. “Há a questão pragmática, pois temos que juntar votos e esses votos poderiam ir em parte para a oposição, mas eu nem acredito que ele [Ronaldo Caiado] esteja conversando mesmo com o Iris [Rezende] sobre composição”, alfineta.

Na análise do tucano, o voo solo de Caiado rumo ao Senado tem razão de ser pelo fato de parte do partido em Goiás, segundo ele, apoiar Marconi Perillo. “80% do DEM quer continuar com o Marconi. É o que se comenta nos bastidores, que se o Caiado for candidato solo ajudaria os próprios filiados do DEM que querem permanecer com o governador”, diz. Nessa lógica, os democratas poderiam apoiar tanto o tucanato quanto o próprio partido. “A chapa também diminui o impacto de perder votos”, reconhece Paulo de Jesus.

Imbróglio oposicionista

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Para Paulo de Jesus, é “interessante” observar os partidos da oposição. O tucano critica as brigas internas, com foco específico no PMDB, e a ausência de projetos. “Num primeiro momento Iris diz que é [pré] candidato, depois sai e escreve uma carta condenando ações ‘não republicanas’ em acusação ao [Júnior] Friboi. Só há interesses pessoais”. O impasse interno, segundo o tucano, tem garantido tranquilidade às articulações políticas da base.

Expectativa sobre Marconi

Paulo de Jesus reforça que o governador Marconi Perillo estará presente nos próximos três encontros da base governistas previstos para ocorrer entre este sábado 17 (Luziânia) e 7 de junho (Anápolis). O tucano interpreta como indicação de que Marconi sairá mesmo à reeleição, embora “tenha mantido o prazo para definição só para próximo das convenções”, no final de junho. “A agenda administrativa dele está adiantada, por isso essa disponibilidade maior”, acrescenta.