A possibilidade de o presidente dos Estados Unidos Donald Trump visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro no Brasil voltou ao debate político em setembro de 2025. Rumores ganharam força após aliados bolsonaristas sugerirem a articulação da viagem, mesmo com Bolsonaro em prisão domiciliar desde agosto.

A ideia desperta repercussões não apenas no cenário nacional, mas também nas relações diplomáticas entre Brasil e EUA. Especialistas apontam que a visita envolveria desafios jurídicos, condicionantes diplomáticos e riscos políticos às vésperas das eleições de 2026.

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em razão de processos que apuram sua participação em um suposto plano de golpe de Estado e ataques ao sistema eleitoral. A Justiça já negou pedidos para que o ex-presidente pudesse viajar ao exterior, o que torna qualquer visita estrangeira ao seu domicílio dependente de autorização judicial prévia.

A movimentação é alimentada por nomes próximos ao ex-presidente, como o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo. O ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten também sugeriu publicamente a visita, dizendo que seria uma oportunidade para evidenciar a “química perfeita” entre os dois líderes, embora tenha recuado depois, classificando a ideia como pessoal.

Para que a visita fosse viabilizada, seria necessária a participação do Itamaraty e de instâncias diplomáticas dos dois países, além de aval do governo federal e de órgãos de segurança. A presença de um presidente norte-americano no Brasil, ainda mais para visitar alguém em situação judicial delicada, inevitavelmente geraria tensão institucional.

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