Ex-presidente defendeu que Estados Unidos tomem medidas duras, como banimento de Trump da política
José Sarney defende banimento de Donald Trump| Foto: Jefferson Rudy |Agência Senado
Em texto divulgado nesta segunda-feira, 11, o ex-presidente José Sarney analisou a invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, pelos apoiadores de Donald Trump.
O ex-presidente afirmou que o episódio deixa marcas profundas na história e iguala o presidente estadunidense a ditadores como Nicolás Maduro. Sarney ainda defendeu que os EUA tomem medidas duras, como o banimento de Trump da política.
“Como apagar essa mancha da História americana? Só com a punição do presidente, pois mostrará que a democracia é tão forte que até o sumo-sacerdote do seu templo, quando viola seus dogmas, é banido da política, como indigno dela. Trump passou a ser o Bin Laden do American Dream: um destruiu as Torres Gêmeas; o outro, o Capitólio, Catedral da Democracia”, disse Sarney.
“Que diferença podem invocar de Maduro fazer a representação parlamentar com a violência de leis fruto da chicana e unicamente destinadas à manutenção do poder? Que argumentos têm perante Erdogan e todos os líderes de extrema e radical direita, agora em ascensão, buscando ocupar a liderança de diversas nações? Que autoridade os Estados Unidos podem usar para defesa da democracia contra a força e o anarcopopulismo, diante do exemplo do Trump”, continuou em outro trecho.
O grupo trumpista entrou no Capitólio na quarta-feira, 6 de janeiro, para impedir a certificação do democrata eleito Joe Biden. Pouco antes da invasão, Trump fez um discurso em que insistiu que não aceitaria a derrota e incitou apoiadores a marcharem até o Congresso.
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