O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu para que Nicolás Maduro, ditador venezuelano, deixasse o país imediatamente em uma ligação entre os líderes, de acordo com informações do jornal americano Miami Herald. O telefonema ocorreu semana passada e foi intermediado por Brasil, Catar e Turquia. 

Durante a conversa, Trump foi direto ao ponto e garantiu que Maduro, a esposa dele, Cilia Flores, e o filho do casal poderiam partir para o exílio, mas ele teria que renunciar e permitir o retorno da democracia no país. A ligação, segundo o jornal da Flórida, foi vista como um último esforço direto para evitar um confronto direto entre Caracas e Washington. 

A conversa ocorreu em meio a sinais crescentes de que o governo Trump está preparando operações militares dentro da Venezuela. Washington reconheceu o Cartel de Los Soles como uma organização terrorista e acusou Maduro de liderar o esquema. 

Na última quinta, 27, Trump afirmou que os esforços contra traficantes de drogas venezuelanos “por terra” começarão “muito em breve”, o que aumentou ainda mais as tensões com Caracas, que alega que a campanha antidrogas americana tem como objetivo na verdade a derrubada de Maduro. 

No sábado, 29, Trump havia subido o tom e determinado o fechamento do espaço aéreo da Venezuela. O Republicano disse para companhias aéreas e traficantes de drogas e pessoas considerarem o espaço área acima e ao redor do país como fechado. O presidente americano não deu mais detalhes sobre o suposto fechamento. O suposto fechamento sinaliza a possibilidade de operações norte-americanas na Venezuela.

Na semana passada, o governo americano já havia emitido um alerta para que aviões que circulassem no espaço aéreo venezuelano tomassem precauções. Segundo a Casa Branca, isso se devia ao “agravamento da situação de segurança e ao aumento da atividade militar no país e seus arredores.” Por causa disso, seis companhias aéreas decidiram suspender temporariamente suas atividades. 

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