O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão internacional nesta quinta-feira, 21, contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu por crimes de guerra. O TPI também pede a prisão de Mohammed Deif, líder do Hamas que Israel diz já ter matado, e do ex-ministro da Defesa de Israel Israel Yoav Gallant.

De acordo com o TPI, há evidências suficientes de que todos os condenados cometeram crimes de guerra ao atacar, deliberadamente, alvos civis de um lado e de outro. A sentença acata pedido da Procuradoria do tribunal feito em maio.

A condenação também inclui três ex-líderes do Hamas:

  • Yahya Sinwar, o ex-chefe do Hamas na Faixa de Gaza morto em Gaza por Israel;
  • Mohammed Deif, comandante da ala militar e quem arquitetou o ataque de 7 de outubro ao sul de Israel; ele morreu em um ataque em agosto;
  • Ismail Haniyeh, chefe político do grupo e que vivia no Catar, morto por Israel no Irã.

O pedido de prisão foi feito pelo procurador do TPI, Karim Khan, que também pediu a prisão de Vladimir Putin. Khan afirmou ter motivos suficientes para acreditar que todos “têm responsabilidade criminal” por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Segundo o procurador, do lado do Hamas, os seguintes crimes foram cometidos:

  • Exterminação de povo;
  • Assassinato de civis;
  • Sequestrar e fazer civis reféns;
  • Tortura;
  • Estupro e atos de violência sexual;
  • Tratamento cruel e desumano

Já do lado de Israel, Kham disse ter identificado os seguintes crimes:

  • Indução à fome como método de guerra;
  • Sofrimento deliberado na população civil;
  • Assassinato de civis;
  • Ataques deliberados a civis;
  • Exterminação de povo;
  • Perseguição e tratamento desumano.

“Agora, mais do que nunca, precisamos demonstrar coletivamente que o direito internacional humanitário, a base fundamental para a conduta humana durante o conflito, se aplica a todos os indivíduos e se aplica igualmente a todas as situações abordadas pelo meu escritório e pelo tribunal”, disse o procurador.

Leia também

Israel busca, mais uma vez, escalar guerra em Gaza e atrair Estados Unidos para o conflito