Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu por crimes de guerra
21 novembro 2024 às 09h45
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O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão internacional nesta quinta-feira, 21, contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu por crimes de guerra. O TPI também pede a prisão de Mohammed Deif, líder do Hamas que Israel diz já ter matado, e do ex-ministro da Defesa de Israel Israel Yoav Gallant.
De acordo com o TPI, há evidências suficientes de que todos os condenados cometeram crimes de guerra ao atacar, deliberadamente, alvos civis de um lado e de outro. A sentença acata pedido da Procuradoria do tribunal feito em maio.
A condenação também inclui três ex-líderes do Hamas:
- Yahya Sinwar, o ex-chefe do Hamas na Faixa de Gaza morto em Gaza por Israel;
- Mohammed Deif, comandante da ala militar e quem arquitetou o ataque de 7 de outubro ao sul de Israel; ele morreu em um ataque em agosto;
- Ismail Haniyeh, chefe político do grupo e que vivia no Catar, morto por Israel no Irã.
O pedido de prisão foi feito pelo procurador do TPI, Karim Khan, que também pediu a prisão de Vladimir Putin. Khan afirmou ter motivos suficientes para acreditar que todos “têm responsabilidade criminal” por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
Segundo o procurador, do lado do Hamas, os seguintes crimes foram cometidos:
- Exterminação de povo;
- Assassinato de civis;
- Sequestrar e fazer civis reféns;
- Tortura;
- Estupro e atos de violência sexual;
- Tratamento cruel e desumano
Já do lado de Israel, Kham disse ter identificado os seguintes crimes:
- Indução à fome como método de guerra;
- Sofrimento deliberado na população civil;
- Assassinato de civis;
- Ataques deliberados a civis;
- Exterminação de povo;
- Perseguição e tratamento desumano.
“Agora, mais do que nunca, precisamos demonstrar coletivamente que o direito internacional humanitário, a base fundamental para a conduta humana durante o conflito, se aplica a todos os indivíduos e se aplica igualmente a todas as situações abordadas pelo meu escritório e pelo tribunal”, disse o procurador.
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