Traços de sociopatia e homicídios em série: ‘Novo Lázaro’ deixou rastro de crimes em cinco cidades goianas
Pedro Moura
29 outubro 2024 às 10h34
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O triplo homicídio atribuído ao andarilho, Antônio Luis Amorim Barbosa, de 36 anos, foi praticado um mês depois do homem conhecido como “Novo Lázaro” receber um habeas corpus referente a um homicídio ocorrido em 2015. O investigado, segundo a Polícia Militar de Goiás (PM-GO), assassinou três pessoas em uma casa de acolhimento, em Senador Canedo, dias depois de deixar a prisão.
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O crime aconteceu em julho deste ano, de acordo com a corporação, que prendeu o andarilho no último sábado, 26, em Luziânia. Conforme documento publicado pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), Antônio estava preso desde maio deste ano pelo crime praticado há quase uma década.
À época do assassinato, Antônio atraiu a vítima, com quem tinha desavenças, e simulou uma tentativa de reconciliação para conseguir matá-la. A sentença que garantiu liberdade do “Novo Lázaro”, com data de 13 de junho, considerou que o réu não deveria permanecer preso, já que o assassinato teria acontecido há 9 anos.
De acordo com a decisão, não era possível determinar que Antônio voltaria a “violar a ordem pública”. O homem já possui cinco acusações de homicídio, duas de latrocínio, além de um registro de lesão corporal. Os crimes foram praticados em Luziânia, Pirenópolis, Anápolis, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo.
Sociopatia
Em um dos processos vinculados ao andarilho, testemunhas descreveram Antônio como alguém com “baixo senso de justiça e indiferente à dor do próximo, o que beira à sociopatia”. Os relatos foram proferidos durante um Tribunal do Júri referente a outro homicídio praticado pelo homicídio, também em 2015.
Nesse caso, o réu matou Bruno Manoel da Silva Carlos a pedradas em frente a um restaurante na Avenida Rui Barbosa, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, depois de uma confusão. Ele foi detido pelo crime e teve a prisão temporária convertida em preventiva.
O homicida acabou sendo levado a júri popular no dia 4 de outubro deste ano, onde foi condenado a 18 anos e 8 meses de prisão por homicídio cometido por motivo fútil e cruel. Ele era procurado desde o dia 18 de novembro.
