Servidores da Saúde municipal de Goiânia realizam ato na manhã desta quinta-feira, 5, na Unidade de Pronto Atendimento Maria Pires Perillo, a UPA Jardim Curitiba. Os trabalhadores da unidade se mobilizam, entre outros pontos, pela falta de pagamento de direitos trabalhistas, como vale- alimentação. Servidores de outras unidades se somam ao movimento cobrando pagamento da 1ª parcela do 13° salário, de vale-transporte e dos serviços de higienização e segurança da rede municipal de saúde da capital. 

 A movimentação reúne também trabalhadores das maternidades Nascer Cidadão, Dona Íris e Célia Câmara, além de representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde do Estado de Goiás (SindSaúde). O objetivo do movimento é cobrar resposta das autoridades competentes sobre a falta de transparência na gestão da Saúde, inadimplência com os servidores e colaboradores terceirizados, além do caos generalizado e crônico no atendimento à população e nas condições de trabalho. 

Se somam às reivindicações específicas dos servidores de cada unidade a falta de insumos e medicamentos na rede como um todo, impactando diretamente no atendimento à população. Representantes da categoria trazem também a convocação dos aprovados no último concurso como fundamental para suprir o déficit de servidores na rede. 

Ao Jornal Opção, a presidente do SindiSaúde, Neia Vieira, explica que a situação que vive o sistema público de saúde de Goiânia não pode ser tratada como uma crise, pois não é algo pontual, mas sim crônico. “A saúde já vem passando por problemas graves há um tempo muito grande, nós denunciamos os problemas das condições de trabalho, da dificuldade que os trabalhadores vêm enfrentando por falta de estrutura, de insumos, de unidades adequadas, desde a pandemia”, lamenta. 

A sindicalista destaca a falta de diálogo com o poder público, seja com a atual gestão do Prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) ou com a equipe de transição de Sandro Mabel (UB). 

Pensando especificamente no ato desta quinta-feira, 5, Neia traz não apenas a cobrança pelo pagamento dos direitos trabalhistas (que estão com meses de atraso), mas também a discussão sobre o Cais Amendoeiras, que vai ser fechado para reformas. “A gente já conhece o histórico, né, de fechamento de unidades em Goiânia, fecha nunca mais abre”, lamenta. Portanto, a depender da mobilização da categoria, novos protestos devem surgir em defesa da Saúde Municipal. 

Leia também: MP-GO exige urgência do prefeito Rogério Cruz para solucionar falta de medicamentos em Goiânia

Preso por desvios na saúde de Goiânia, Wilson Pollara descobre câncer no rim

Nova secretária de saúde, Cynara Mathias e toda equipe entregam cargos