Para desembargador Nicomedes Borges, não houve embasamento mínimo comprobatório para aplicação de medida cautelar

Padre Robson é suspeito de liderar grupo criminoso | Foto: Divulgação

Decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás manteve o trancamento das investigações contra o Padre Robson. O Ministério Público havia entrado com recurso para que se desse prosseguimento no inquérito.

Para promotores integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) há suspeitas de desvios de recursos financeiros da Associação Filhos do Pai Eterno, presidida pelo líder religioso. Já desembargadores não reconhecem irregulares na gestão.

Para promotores, partes importantes na contextualização do procedimento investigatório estão sendo ignoradas, tais como cinco depoimentos que confirmam as suspeitas dos crimes cometidos pelo padre.

Mesmo assim, o desembargador Nicomedes Borges manteve a decisão de trancamento, sob o argumento de que para ser aplicado medida cautelar é necessário o mínimo embasamento comprobatório, que segundo o desembargador não ocorreu.

Ele afirma que não houve indícios da prática de apropriação indevida de valores de fiéis por parte do padre, já que as quantias doadas são exclusivamente da Afipe, que dá a destinação cabível.