Jornal Correio da Manhã, de Portugal, publicou fotos da reconstituição do suposto homicídio que, mesmo 12 anos depois, ainda levanta dúvidas

Em setembro de 2004, a menina Joana Cipriano, de 8 anos, desapareceu na região de Portimão, sul de Portugal. Doze anos depois, seu corpo nunca foi encontrado e o mistério do “caso Joana” continua. A Justiça portuguesa deu o caso por encerrado, condenando a mãe e o tio da garota, Leonor e João Cipriano a 16 anos e oito meses de prisão por homicídio e ocultação de cadáver.

Na época, o julgamento foi marcado pela confissão de João, que aceitou reconstituir o crime, imagens só agora reveladas pelo jornal português Correio da Manhã. O tio da criança contou como esquartejou a menina e como esconderam o corpo numa arca frigorífica. Ainda em depoimento, ele afirmou que os restos mortais da garota foram dados aos porcos.

Mesmo diante disso, a tese de que a menina de oito anos foi vendida continua a fazer sentido na cabeça de alguns dos jurados – que votaram a condenação – e também na dos vizinhos, como Zulmira Ofélia, a última pessoa a ver Joana com vida. “Não sei se a mataram [a mãe e o tio]. Nunca tive a certeza, admito que a tenham vendido. Não sei”, diz uma das juradas, ao CM, 12 anos após o crime.

“Nunca me convenci que tivessem matado a miúda. Passou muito pouco tempo desde que a vi, até que falei com a mãe. Era impossível eles terem escondido o corpo e estarem tão descontraídos”, disse a vizinha à reportagem.

Leonor e João Cipriano já cumpriram dois terços da pena de prisão a que foram condenados e podem ser brevemente libertados.

Na época do julgamento, a acusação alegou que Joana foi morta porque viu a mãe e João Cipriano tendo sexo incestuoso. O tio confessou ter espancado e assassinado a criança, que depois foi esquartejada. Quando lhe foi perguntado se ele havia abusado sexualmente de sua sobrinha, ele disse: “Eu não lhe fiz mal, só a matei