Time diz que contratar goleiro Bruno “faz parte da obrigação social da empresa”
12 março 2017 às 16h07
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Depois de ser criticado por anunciar condenado por assassinato como seu novo reforço, Boa Esporte diz que seu intuito é “ajudá-lo como ser humano”
Criticado nas redes sociais desde que confirmou a contratação do goleiro Bruno, condenado a 22 anos de prisão pelo assassinato de Eliza Samudio, o Boa Esporte Clube resolveu se manifestar oficialmente. Pelo Facebook, o clube divulgou nota em que diz que o objetivo de admitir o atleta na equipe é “ajudá-lo como ser humano” e “faz parte da obrigação social da empresa”.
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No comunicado, o presidente do Boa, Rode Moraes, afirma que todos têm direito a um julgamento justo no Brasil e diz que o time “não foi o responsável pela soltura e liberdade do atleta Bruno”. “Mas o clube e sua equipe, enquanto empresa e representada por seres humanos, dotada de justiça e legalidade, podem dizer que tentam fazer justiça ajudando um ser humano, mais, cumprem a legalidade dando trabalho a quem pretende se recuperar.”
“Aqui não se condena a morte ou prisão perpetua”, acrescenta a nota. Segundo o clube, o objetivo é dar a ele a condição de “restabelecer uma vida em sociedade” e garantir que ele possa trabalhar e “procurar dignidade em sua vida”.
Bruno já foi condenado, em 2013, por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Ele recorreu e, desde então, aguardava julgamento de recurso. A demora da Justiça em analisar o caso foi o argumento da defesa para pedir sua soltura, acatado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello.
Confira a nota do Boa Esporte Clube: