A Carreta Furacão de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, ganhou destaque no jornal norte-americano The New York Times, que dedicou uma reportagem ao sucesso do fenômeno nas cidades do interior do Brasil.

Os jornalistas Jack Nicas e Victor Moriyama acompanharam o grupo durante dois dias, posicionando-se na parte traseira do veículo junto aos artistas. O artigo foi publicado em 1º de novembro e teve como objetivo principal explorar como essa tendência se estabeleceu como parte popular e extravagante da cultura brasileira.

“Dançarinos acrobáticos vestidos como personagens infantis acompanham carretas com luzes neon e executam coreografias em semáforos e no trânsito engarrafado, levando passageiros ao delírio”, publicou o jornal em um trecho.

A matéria detalha como os grupos, conhecidos como Carretas Furacão ou Trenzinhos da Alegria, percorrem diversas cidades do interior do Brasil, oferecendo passeios aos moradores por aproximadamente R$ 15. Além disso, a reportagem aborda a realidade das equipes que integram esses grupos.

“As equipes de dança percorrem as estradas geralmente por três meses seguidos, trabalhando seis dias por semana por um salário mínimo, de R$ 1.320 por mês”, conta.

Em entrevista ao jornal, Jackson Damasceno, cogerente da Carreta Furacão da Alegria, enfatizou que, embora alguns dançarinos tenham optado por deixar a escola para seguir na estrada, as carretas se transformaram em “um porto seguro para alguns adolescentes de bairros pobres que, de outra forma, poderiam ser arrastados para o crime”.

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