O jornal britânico The Guardian anunciou, nesta quarta-feira, 13, que não publicará mais conteúdos em nenhuma de suas contas oficiais no X (antigo Twitter). A decisão foi comunicada aos leitores por meio de um texto em que o veículo afirmou que as vantagens de manter presença na plataforma são superadas pelos “aspectos negativos” relacionados a ela.

O jornal destacou como fatores determinantes para a medida o ambiente de “conteúdo frequentemente perturbador” oferecido pela rede social, incluindo discursos de ódio, teorias da conspiração de extrema direita e manifestações de racismo.

Segundo a publicação, os eventos das últimas eleições presidenciais nos Estados Unidos reforçaram a percepção de que o X contribui para um ambiente tóxico, particularmente no que diz respeito ao impacto no discurso político.

“A campanha eleitoral presidencial dos EUA serviu apenas para sublinhar o que consideramos há muito tempo: que o X é uma plataforma de mídia tóxica e que seu proprietário, Elon Musk, tem sido capaz de usar sua influência para moldar o discurso político”, afirmou o comunicado do The Guardian.

O jornal não proibiu seus profissionais de usar a plataforma, permitindo que continuem a interagir com o X de maneira individual. Além disso, a publicação informou que, em circunstâncias específicas, pode utilizar conteúdos originários do X em suas reportagens, caso julgue necessário.

A decisão do The Guardian se soma a uma crescente lista de críticas dirigidas ao X desde que Elon Musk assumiu o controle da plataforma, com vários veículos e organizações questionando as mudanças implementadas na rede social, especialmente no que diz respeito à moderação de conteúdo e ao discurso público.

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