Deputado acredita que pode ter sido indicado como testemunha por pertencer ao mesmo partido do ex-presidente da Câmara

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki marcou para a próxima semana o início dos depoimentos das testemunhas de defesa na ação penal contra o deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Entre os parlamentares indicados por Cunha está o goiano Pedro Chaves (PMDB).

Chaves afirmou ao Jornal Opção que vai comparecer à oitiva no STF, embora não saiba a data do depoimento, que poderá ser feito entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro. O deputado explicou, ainda, que não sabe sobre o que será questionado, mas que só responderá se tiver conhecimento de algo. “Eles perguntam e se você puder acrescentar, você responde. Se não tiver conhecimento, não fala nada.”

O peemedebista disse ainda não saber porque foi indicado por Cunha como testemunha. Segundo o deputado, ele sempre é chamado para depor. “Demóstenes [Torres, ex-senador] me colocou como testemunha, Sandro Mabel [ex-deputado federal] também me chamou.” Para ele, sua convocação pode ter a ver com o fato de ser do mesmo partido do ex-presidente da Câmara.

Além de Pedro Chaves foram indicados como testemunhas os deputados Felipe Bornier (PROS-RJ), Fernando Jordão (PMDB-RJ), Flaviano Melo (PMDB-AC), Hugo Motta (PMDB-PB), Manoel Junior (PMDB-PB), Marcelo Aro (PHS-MG), Saraiva Felipe (PMDB-MG), Washington Reis (PMDB-RJ), Alberto Filho (PMDB-MA), Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Mauro Lopes (PMDB-MG). O senador e ex-ministro do governo Dilma, Edison Lobão (PMDB-RJ) também consta na lista de testemunhas.

Eduardo Cunha é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo o processo, o deputado federal afastado teria pelo menos R$ 5 milhões em dinheiro desviado de contratos de navios-sonda da Petrobras.