Um testamento redigido em 1642 por Thomas Nash, neto por afinidade de William Shakespeare, foi redescoberto após permanecer perdido por mais de 150 anos nos Arquivos Nacionais do Reino Unido. O documento, que já havia sido visto por estudiosos no século 19, estava guardado em uma caixa sem rótulo e só voltou à tona graças ao trabalho do pesquisador Dan Gosling.

Nash, casado com Elizabeth Hall, neta do dramaturgo, deixou em testamento a propriedade New Place, em Stratford-upon-Avon, para seu primo Edward Nash. No entanto, a viúva Elizabeth e a mãe dela, Susanna Hall — filha de Shakespeare —, contestaram a decisão, alegando que a casa havia sido deixada pelo escritor diretamente para elas. A disputa chegou à corte de chancelaria, mas o resultado permanece incerto.

A descoberta lança nova luz sobre a batalha judicial em torno do último lar de Shakespeare, onde ele viveu até sua morte, em 1616. Apesar da contestação, registros sugerem que Edward nunca chegou a tomar posse da residência, que acabou transferida à família Clopton após a morte de Elizabeth, em 1670, e foi demolida em 1702.

Segundo Gosling, o documento agora está catalogado e acessível ao público, representando uma das mais relevantes redescobertas recentes ligadas ao legado do dramaturgo.

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