Um terremoto de magnitude 6,3 atingiu a cidade de Baquedano, no norte do Chile, na tarde de quinta-feira, 6, segundo informações do Centro Sismológico Mediterrâneo Europeu (EMSC). O epicentro foi localizado a 44 quilômetros a leste da cidade, com uma profundidade estimada em 130 quilômetros. Até o momento, não há registros de vítimas ou danos na região.

O site do EMSC mostra dois pontos vermelhos indicando os picos do terremoto, um com profundidade de 117 quilômetros e outro com 130 quilômetros. A atividade sísmica no Chile não é uma surpresa, uma vez que o país está localizado em uma das áreas de maior liberação de energia do planeta. A nação sul-americana está situada na zona de subducção entre as Placas de Nazca e Sul-Americana, o que torna os tremores frequentes e, muitas vezes, intensos.

Além disso, o Chile integra o Anel de Fogo do Pacífico, um dos cinturões geológicos mais ativos do mundo, conhecido pela elevada ocorrência de terremotos e erupções vulcânicas. Essa região concentra aproximadamente 75% dos vulcões ativos do planeta e responde por 90% da atividade sísmica global, além de ser responsável por 81% dos terremotos mais fortes já registrados. De acordo com o Departamento de Gestão de Riscos de Emergência e Desastres, o país também registra cerca de 50% dos tsunamis que ocorrem no mundo.

A medição da magnitude dos terremotos é realizada por meio da escala Richter, desenvolvida em 1935. Essa escala calcula a intensidade dos tremores com base nas ondas sísmicas geradas, não tendo um limite máximo definido. No entanto, a maioria dos eventos sísmicos costuma variar entre magnitudes inferiores a 1 e superiores a 10, sendo essa última correspondente a abalos sísmicos de grande destruição.

O histórico sísmico do Chile é extenso e inclui alguns dos terremotos mais devastadores do mundo. Em 1960, o país viveu o terremoto de maior magnitude já registrado na história, com 9,5 graus na escala Richter. O evento resultou em um tsunami que afetou diversas áreas do Oceano Pacífico. 

Diante da recorrente atividade sísmica, o Chile conta com uma infraestrutura robusta para monitoramento e resposta a terremotos. O Escritório Nacional de Emergência do Ministério do Interior (ONEMI) e o Centro Sismológico Nacional trabalham em conjunto para fornecer alertas e coordenar ações preventivas. 

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