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A decisão da juíza substituta do Trabalho, Virgilina Severina dos Santos, deu 48 horas para as empresas quitarem a segunda parcela do abono anual. O sindicato representante das empresas diz que não foi intimado

Ônibus do transporte coletivo de Goiânia | Foto: Reprodução

Termina nesta sexta-feira, 26, o prazo de 48 horas determinado pela juíza substituta do Trabalho, Virgilina Severina dos Santos para as quatro empresas concessionárias de transporte coletiva de Goiânia, a pagarem a segunda parcela de 13º salário dos funcionários e a cesta de natal. A decisão foi divulgada na quinta-feira, 24 e até o fechamento desta matéria, a equipe do Jornal Opção tentou várias vezes falar com o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (SET), Adriano Oliveira sobre o assunto, mas não fomos atendidos. Foi divulgada apenas uma nota da assessoria do sindicato, informando que o SET ainda não tinha sido intimado da decisão. “Tão logo seja recebida a decisão e entenda o teor, o SET vai se posicionar a respeito”, explicava.

Porém, a cada minuto a situação se agrava. No fim de semana passado, os trabalhadores do transporte coletivo de quatro empresas concessionárias, HP Transportes, Rápido Araguaia, Viação Reunidas e do consórcio Redemob entraram em greve ficaram parados todo o fim de semana, argumentando que não tinha recebido o 13º salário e ainda faltava o restante do mês do novembro, o temor era exatamente este de que não haveria recursos para pagar o 13º e a folha de dezembro. O presidente do SET, Adriano Oliveira afirmou que a haveria uma conversa com os trabalhadores para que voltasse a circular e que seria feito o possível para quitar todo salário dos funcionários e a distribuição da cesta. Porém, a Lei determina que a segunda parcela do abono anual tem que ser paga até o dia 20 de dezembro do ano corrente.

Adriano disse que desde o início da pandemia as empresas estão passando por dificuldades financeiras e somente com a ajuda dos municípios da região Metropolitana e de Goiânia seria possível cobrir o rombo. Segundo ele, o governador Ronaldo Caiado é o único que tem aportado recursos no transporte público e que para cobrir os custos seriam necessários R$ 60 milhões. Questionado se um aumento de tarifa poderia resolver o problema, Adriano disse que isso está fora de questão.