A Agência de Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) disse ter identificado pelo menos sete ejeções de massa coronal (CMEs) do Sol, com impactos esperados para chegar à Terra já ao meio-dia de sexta-feira, 10 de maio, e persistir até domingo, 12 de maio de 2024.

O CMEs são explosões de plasma e campos magnéticos da coroa solar. Eles causam tempestades geomagnéticas quando são direcionados para a Terra. Tempestades geomagnéticas podem afetar a infraestrutura na órbita próxima à Terra e na sua superfície, potencialmente interrompendo as comunicações, a rede de energia elétrica, a navegação, as operações de rádio e satélite.

Aurora boreal

Doutoranda em Astrofísica pea Universidade de São Paulo (USP), Roberta Duarte explicou que esses eventos podem gerar as auroras boreais. “Estamos próximos de um pico de atividade solar então isso ficará cada vez mais frequente. O Sol possui campos magnéticos entrando e saindo, com rotações diferentes para cada um deles e isso acaba torcendo as linhas de campos magnéticos”, diz.

Ela continua dizendo que quando as linhas de campo magnético interagem, elas se repelem e parte desse plasma solar junto a radiação é liberado para o espaço. “Os campos magnéticos também estão associados com manchas solares e as manchas com erupções solares. A frequência dessas manchas tem um ciclo de cerca de 11 anos”, pontua.

Para que formem as autoras borais, uma nuvem de plasma precisa atingir a Terra. “Quando elas chegam aqui, as partículas carregadas e o campo magnético interagem com o campo magnético terrestre. Essas partículas atingem a atmosfera próxima à região dos polos formando o que conhecemos como auroras (boreais no Norte e austrais no Sul)”, conta.

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