Tebet defende “picanha mais barata” e que o salário mínimo fique maior do que a inflação

12 abril 2024 às 15h51

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Em evento para representantes do agronegócio do Mato Grosso do Sul a ministra do Planejamento e Orçamento Simone Tebet (MDB) defendeu que o salário mínimo seja reajustado acima da inflação e que “a picanha fique mais barata”. Essa é a primeira visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a um estado do Centro-Oeste.
A ministra afirmou que, seguindo determinações do presidente Lula recebidas pela equipe econômica, o salário mínimo deve seguir valorizado acima da inflação. Além disso, ele também teria instruído que a picanha deve ficar mais barata para o consumidor brasileiro.
“Com a inflação controlada como está, não só os preços dos alimentos caíram – temporariamente o feijão e o arroz subiram, mas vão cair –, mas eu quero dizer para vocês que nós estamos determinados a cumprir a determinação do presidente Lula. Carne, carne vermelha na mesa de todos os brasileiros. Picanha mais barata, presidente? Essa é a determinação de vossa excelência, essa é a nossa missão”, afirmou a ministra.
De acordo com o relato da ministra, Lula cobra que os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Esther Dweck (Gestão), Rui Costa (Casa Civil) e a própria ministra do Planejamento, Tebet, segurem “de todo jeito” o controle da inflação.
“A determinação do presidente Lula é: ‘Eu quero o trabalhador com carteira de trabalho assinada, mas eu quero o trabalhador ganhando bem, tendo renda’. É isso que ele determinou, que o salário mínimo sempre venha com aumento acima da inflação”, disse Tebet.
Está prevista para a próxima segunda-feira, 15, a apresentação do salário mínimo válido do ano que vem. Quando será enviado o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) referente ao ano de 2025 no Congresso Nacional.
Tebet também explicou os planos para a nova rota de integração do país, que visa estabelecer rotas de exportação para produtos brasileiros pelo Oceano Pacífico. “Todos esses produtos não precisam mais ir ao Porto do Sul ou ao Porto de Santos, eles poderão chegar a uma distância menor de até (dependendo de onde estiverem) 10 mil quilômetros para chegar à China. Estamos falando em diminuir a rota em até 21 dias”, disse a ministra.
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