SUS recebe verba para custear tratamento de sintomas pós-covid
16 fevereiro 2022 às 13h56

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Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga afirma que o país tem melhores condições de repassar recursos de tratamento às cidades brasileiras
Duas portarias foram assinadas pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira, 16, para destinar verbas ao atendimento de pacientes com sequelas da Covid-19 em redes municipais de Atenção Primária à Saúde. Entre os documentos, um destina cerca de R$ 160 milhões para tratamento de sintomas pós-infecção pelo coronavírus, e o outro repassa a R$ 263 milhões a 2,1 mil Centros de Atendimento para o Enfrentamento à Covid-19 e 82 centros comunitários, em 21 municípios.
Entre os sintomas a serem tratados em pacientes recuperados da Covid-19, que foram listados pelo Ministério da Saúde, estão cansaço, dor de cabeça, dor torácica, falta de ar, tosse, tontura, ansiedade, alterações de memória, depressão, falta de olfato e paladar. Isso, porque segundo dados apresentados pela pasta, cerca de 30% a 75% dos pacientes que foram infectados pela Covid-19 apresentaram tais sintomas após enfrentarem a doença.
De acordo com a portaria, os R$ 160 milhões serão repassados aos municípios e ao Distrito Federal. Ao receber a verba, os gestores locais poderão contratar novos profissionais, construir espaços de tratamento e adquirir novos materiais. Além disso, cada município será enquadrado em um índice diferente, entre alta, média ou baixo. Cada uma dessas categorias considera o nível de vulnerabilidade social, porte populacional e a taxa de mortalidade por Covid-19 da cidade.
Ao justificar que o Brasil tem se saído melhor nessa nova onda da doença provocada pelo coronavírus, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirma que o país tem melhores condições de repassar recursos de tratamento às cidades brasileiras. “O Brasil hoje tem essa resposta e tem condição de alocar esses recursos para os estados e municípios. Durante a pandemia, em 2020 e 2021, ampliamos o orçamento do Ministério da Saúde em R$ 100 bilhões em créditos extraordinários”, ressaltou o ministro Marcelo Queiroga.