Suposto áudio de prefeito de Nerópolis exigindo que servidores participem de campanha foi feito pela oposição com inteligência artificial, diz o gestor
01 setembro 2024 às 10h05
COMPARTILHAR
Um suposto áudio do prefeito de Nerópolis, Gil Tavares, exigindo que servidores participem de atos de campanha com punição aos que faltarem viralizou em grupos de WhatsApp. Questionada pelo Jornal Opção, a assessoria do prefeito afirma que o áudio se trata de uso de “inteligência artificial grosseira”.
No áudio, que deve ser periciado, uma voz similar ao do prefeito pede para “avisar que o funcionário ou a funcionária da prefeitura que não for adesivar o carro, segunda-feira vai ter que justificar o motivo”.
Segundo a assessoria de Gil, o prefeito já solicitou que seu advogado entre com uma representação judicial para descobrir os responsáveis e processá-los. De acordo com interlocutores do prefeito, o áudio teria sido feito pelo “grupo de oposição que já está desesperado porque sabem que vão perder a eleição”.
“A divisão silábica do áudio deixa muito claro o uso de inteligência artificial grosseira. O áudio nem repercutiu tanto assim porque quem conhece o Gil logo de cara já vê que não é um áudio verdadeiro”, explicou um interlocutor.
Proibição do uso de inteligência artificial
Em fevereiro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) regulamentou o uso da inteligência artificial (IA) na propaganda de partidos, coligações, federações partidárias, candidatas e candidatos nas Eleições Municipais de 2024.
Entre as restrições estão a proibição das deepfakes; obrigação de aviso sobre o uso de IA na propaganda eleitoral; restrição do emprego de robôs para intermediar contato com o eleitor (a campanha não pode simular diálogo com candidato ou qualquer outra pessoa); e responsabilização das big techs que não retirarem do ar, imediatamente, conteúdos com desinformação, discurso de ódio, ideologia nazista e fascista, além dos antidemocráticos, racistas e homofóbicos.
Artigos acrescentados no texto buscam coibir a desinformação e a propagação de notícias falsas durante as eleições.
Leia também
Inteligência artificial, riscos de um novo totalitarismo e o amor