Suposta vítima de estupro coletivo em Indiara pode estar sendo coagida a mudar depoimento
09 dezembro 2014 às 11h18
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Em entrevista ao Jornal Opção, a adolescente disse que não poderia comentar se houve ou não a violência sexual
O vereador e vice-presidente da Câmara Municipal de Indiara, Jean de Castro (DEM), seu irmão, o comerciante Leandro de Castro, e mais três suspeitos de praticaram o estupro coletivo em M.X.L., de 17 anos, seguem presos na Cadeia Pública da cidade, que fica a 100 km de Goiânia. Os suspeitos serão ouvidos nesta terça-feira (9/12) pelo delegado responsável pelo caso, Queops Barreto.
No início da semana passada, a jovem voltou à delegacia acompanhada de Leandro de Castro e mudou sua versão dos fatos. No novo depoimento, M. afirmou que a violência sexual não ocorreu e que sempre foi amiga dos envolvidos. Ainda segundo ela, após a repercussão do caso resolveu procurar Leandro para pedir conselhos e, a partir de então, se reaproximaram e começaram a namorar.
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Em entrevista ao Jornal Opção Online nesta terça-feira, a adolescente disse estar “confusa”. “Eu não posso falar se houve ou não o estupro. É muito complicado para mim. Inclusive mudei de advogado”, disse. Indagada sobre o motivo que a levou a mudar o depoimento incial, a jovem foi sucinta: “Eu não sei responder”.
O delegado acredita que a adolescente foi coagida a mudar de versão. “Ela está sendo induzida. Além disso, a ação é pública e incondicionada e que independe da vontade da vítima”, disse Queops Barreto.
Agora, o delegado deseja colher o material genético dos suspeitos para comparar com o material coletado na adolescente. De acordo com Queops, os envolvidos foram presos na sexta-feira (5) porque estavam atrapalhando o trabalho da polícia. O advogado dos suspeitos, Danilo Vasconcelos já pediu a soltura de seus clientes.