Família do rapaz mudou-se para Espanha há 7 anos. Segundo a polícia búlgara, Kaíque teria se convertido ao islã na Europa e passou a adotar o nome árabe de “Hakim”

Foto: Trud/Reprodução
Kaíque Luan Ribeiro | Foto: Trud/Reprodução

Em matéria publicada no jornal “Folha de S. Paulo” neste final de semana, amigos de jovem goiano preso na fronteira da Bulgária com a Turquia no último dia 15 por suspeita terrorismo, afirmaram estar surpresos e chocados com o episódio. Segundo uma vizinha da família do jovem, Kaíque Luan Ribeiro Guimarães, de 18 anos, nascido em Formosa, teve uma criação “rígida”.

Uma tia do garoto contou à reportagem que Kaíque e sua mãe frequentavam, quando estavam na cidade goiana, uma igreja evangélica. Mãe e filho se mudaram para a Espanha há 7 anos. Segundo a polícia búlgara, Kaíque teria se convertido ao islã na Europa e passou a adotar o nome árabe de “Hakim”.

No momento da prisão, o goiano e outros dois jovens que viajavam de carro em férias do Marrocos em direção à Turquia e a Grécia, alegaram que não tinham envolvimento com grupos terroristas.  Entretanto, segundo a Interpol, eles estariam a caminho da Síria, onde lutariam nas fileiras do Estado Islâmico.

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O Itamaraty informou que está prestando assistência consular ao jovem formosense e que em “respeito à privacidade de cidadãos brasileiros no exterior e de suas famílias”, não tem autorização para fornecer maiores detalhes sobre o caso.

Ainda de acordo com o órgão que acompanha as relações do Brasil com outros países, o jovem foi “contatado e recebeu visita de funcionários da Embaixada brasileira”.

O trio segue preso na cidade de Haskovo, no sudoeste da Bulgária. O brasileiro deverá ser extraditado à Espanha depois das datas comemorativas do final deste ano.