Ao disputar as eleições em 2018, Salles manteve como primeiro suplente para deputado federal por São Paulo

Ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles | Foto: Governo Federal

Mesmo após se demitir do cargo de ministro do Meio Ambiente na última quarta-feira, 23, Ricardo Salles ainda tem chance de voltar ao cenário político. Isso, porque ele disputou as eleições em 2018 pelo partido Novo e se manteve como primeiro suplente para deputado federal por São Paulo.

Apesar de em 2020 ter sido expulso do partido, Salles não perdeu o status de suplente, já a decisão de deixar o Novo não foi dele. Ainda que ele decida ingressar em outro partido, ainda poderá assumir o cargo de qualquer deputado do Novo que deixe o mandato.

Ao deixar o cargo no Ministério do Meio Ambiente, Ricardo Salles afirmou que em seu tempo no cargo, seguiu a orientação do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), de procurar ter equilíbrio entre preservar o meio ambiente e, ao mesmo tempo, buscar o desenvolvimento econômico.

O ex-ministro, no entanto, é alvo de investigação da Polícia Federal por favorecer madeireiras. A Operação da PF foi deflagrada no início de maio e cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Salles e ao Ministério. A ação apura crimes de corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando.

No fim do mesmo mês, a Procuradoria Geral da República (PGR) solicitou que o STF abrisse um inquérito contra o ex-ministro em decorrência da notícia-crime apresentada em abril pelo ex-superintendente da PF no Amazonas, Alexandre Saraiva. Na ocasião, Ricardo Salles foi acusado de atuar em favor de madeireiros que foram investigados da Operação Handroanthus GLO, contra a extração ilegal de madeira na Amazônia em 2020.