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Segundo decisão, provas colhidas contra ex-parlamentar nas operações Vegas e Monte Carlo são ilegais e, por isso, não podem ser consideradas no processo

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou todas as provas que demonstravam o envolvimento do ex-senador goiano Demóstenes Torres com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Foram essas provas que levaram à cassação de seu mandato parlamentar em 2012.

Segundo os ministros, o Ministério Público e a Polícia Federal sabiam, desde o início, que as investigações envolviam o então senador, mas não enviaram o processo ao STF. Sendo assim, todas as provas eram ilegais e, portanto, devem ser anuladas.

Devem ser ignoradas, então, todas as escutas telefônicas colhidas pela Polícia Federal, Ministério Público e Justiça Federal nas operações Vegas e Monte Carlo. De acordo com o portal jurídico Jota, integrantes do Ministério Público acreditam que sem as provas, a investigação contra o ex-parlamentar deverá ser arquivada.

O advogado do ex-senador, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que, com a decisão, a advocacia criminal “teve uma grande vitória”. “Através de um habeas corpus, foi considerada a prova ilícita de todo o processo do Demóstenes, há anos brigamos por isso. Felizmente a advocacia ainda vale a pena”, defendeu.