SSP-GO e prefeitura de Aparecida de Goiânia estudam transferência de presídios
15 julho 2014 às 13h39
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Conversa entre Joaquim Mesquita e Maguito Vilela ocorre no mesmo dia em que Sapejus publica edital de construção e administração do novo complexo prisional
O secretário de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), Joaquim Mesquita, sinalizou ao prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), que é possível descentralizar o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Eles se reuniram na manhã desta terça-feira (15/7) e discutiram que é possível desmobilizar inicialmente o semiaberto e o presídio feminino, em médio prazo.
No encontro, foi criado um núcleo de trabalho liderado pelo superintendente executivo da SSP e da Sapejus, o coronel da Polícia Militar Edson Costa Araújo, e o secretário municipal de Planejamento, Afonso Boaventura. Os dois são responsáveis por buscar soluções para a transferência do semiaberto e do presídio feminino.
A Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça do Estado –– pasta também ocupada por Mesquita –– publica nesta terça-feira o edital da parceria público-privada (PPP) para a construção e administração do novo Complexo Prisional Odenir Guimarães (POG) no município.
De acordo com o titular da SSP, o edital de concorrência internacional não prevê a ampliação da população carcerária em Aparecida de Goiânia, a segunda maior cidade de Goiás. “Na verdade, é a substituição de uma estrutura construída na década de 1960 por um presídio moderno e seguro”, explicou Mesquita. O complexo vai abrigar presídio masculino, a Casa de Prisão Provisória (CPP) e do Núcleo de Custódia.
Dias após o anúncio da intenção do governo estadual, o peemedebista se manifestou desfavorável à implantação por diversas vezes. “Aparecida é muito prejudicada pelo semiaberto, principalmente aquela região, onde funcionam grandes complexos industriais e vai abrigar conjuntos habitacionais importantes que estão em andamento”, explicou o prefeito. Maguito ainda demonstrou preocupação com os estudantes que irão frequentar a Universidade Federal de Goiás (UFG), que terá sede na região.
O político ressaltou que um número significativo de crimes é cometido por reeducandos que pertencem ao regime semiaberto. Na avaliação de Maguito, nenhuma cidade gostaria de possuir presídios, mas é inaceitável que eles se concentrem apenas uma cidade.