Lançada em setembro de 1977, a sonda espacial Voyager 1 ficou cinco meses em silêncio com a central de controle terrestre, a 24 bilhões de quilômetros de distância. No sábado, 20, o satélite voltou a atualizar seus status de saúde.

Desde novembro de 2023, a sonda Voyager 1 da NASA tem enviado um sinal de rádio constante para a Terra, mas o sinal não contém dados utilizáveis. Os cientistas avaliaram que o problema estava em um dos seus computadores de bordo, o subsistema de dados de voo (FDS), responsável por empacotar os dados de ciência e engenharia antes de serem enviados à Terra pela unidade de modulação de telemetria.

Em 3 de março, a equipe da missão enviou instruções para tentar corrigir a criptografia dos dados do satélite. Como a Voyager 1 está a mais de 15 bilhões de milhas (24 bilhões de quilômetros) da Terra, leva 22,5 horas para que um sinal de rádio chegue à espaçonave e outras 22,5 horas para que a resposta da sonda alcance antenas no solo.

Em 7 de março, os engenheiros começaram a trabalhar para decodificar os dados e, em 10 de março, determinaram que eles contêm uma leitura de memória.

Pálido ponto azul

Foto da Terra tirada pelo sonda espacial Voyager quando passava por Saturno

No dia 14 de fevereiro de 1990, quando ainda nem se pensava em fazer selfies, um autorretrato do planeta Terra, tirado pela sonda espacial.

A foto foi feita a uma distância de seis bilhões de quilômetros pela Voyager quanto passava pelos anéis de Saturno.

Além de se tornar um dos mais famosos autorretratos da Terra, “pálido ponto azul” se transformou em uma marca para Carl Sagan, coordenador do projeto, que lançaou em livro em 1994, com o subtítulo: “Uma visão do futuro da humanidade no espaço”. Citando o pequeno pixel, o autor escreveu: “Olhe novamente para aquele ponto. Está aqui. É o lar. Somos nós”.

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