Soma de possível superfaturamento sobre as tarifas de licenciamento pode chegar a R$ 66 milhões
07 novembro 2019 às 18h43

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“Para se ter uma ideia, hoje, quatro anos depois, o preço médio da tarifa de vistoria no país é de R$ 85. Há quase cinco anos foi estipulada uma tarifa de R$ 117”, explica Rômulo Figueiredo

O delegado Rômulo Figueiredo de Matos, ajunto na especializada em Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), diz que as investigações da Operação Cegueira Deliberada apura superfaturamento da tarifa de licenciamento de veículos estabelecida ainda no processo de licitação.
Segundo o delegado, as empresas que apresentavam a estimativa de valor no início do procedimento licitatório estavam atuando em conluio para estabelecer um acima do “mercado”. Isso quer dizer que a Sanperes/Terceira Visão atuava com sócios ocultos para simular não somente uma concorrência, mas para elevar o preço do serviço a ser prestado.
“Para se ter uma ideia, hoje, quatro anos depois, o preço médio da tarifa de vistoria no país é de R$ 85. Há quase cinco anos foi estipulada uma tarifa de R$ 117”, explica.
Rômulo Figueiredo diz ainda que a quantia acima proporcionou uma arrecadação de R$ 44 milhões, feitos em cima do reajuste ilegal da tarifa. A investigação ainda leva a crer que a soma, superfaturada, pode chegar à cifra dos R$ 66 milhões.
As investigações iniciais apontam indícios de favorecimento à Sanperes/Terceira Visão, responsável pelas vistorias veiculares no Estado desde 2015.