Deputado petista avalia que seu partido e o PMDB ainda possuem interesses em comum e devem manter dobradinha para ano que vem

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“A opção não é do Caiado, e sim do PMDB”, garante petista | Foto: Affonso Lima

Mesmo com o líder democrata Ronaldo Caiado dar como praticamente certa a aliança com o PMDB, o deputado federal Rubens Otoni, do PT, demonstra otimismo quanto à manutenção da dobradinha entre o seu partido e o PMDB. Para ele, ambas as legendas seguem com interesses em comum e, por isso, devem manter o diálogo.

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Em entrevista, questionado se seria possível um acordo entre as três legendas, o petista deixou claro a incompatibilidade política com o partido de Caiado e ironizou: “PT faz aliança com o PMDB e não com o DEM, até porque talvez nem exista DEM em 2016”.

Não se sabe exatamente a que o petista se referia, já que as especulações em torno de uma possível fusão entre DEM e PTB parecem ter ficado no passado, após dirigentes de ambas as legendas suspenderem as negociações.

Em uma outra análise, Otoni poderia estar aludindo ao atual momento de desgaste do DEM goiano, já que a aliança com o PMDB nas eleições governamentais de 2014 criou um certo mal estar dentro da legenda. O primeiro a anunciar debandada para o PSDB foi o prefeito de Quirinópolis, Odair Resende. Segundo ele, outros 15 prefeitos do DEM devem se desfiliar da legenda.

Especulações à parte, Rubens Otoni frisa que o senador Ronaldo Caiado não tem vez na hora de definir ao lado de quem o PMDB vai ficar. “É claro que para ter aliança, os dois lados têm que querer e a opção não é do Caiado, e sim do PMDB”, declarou.

O petista lembou também que ainda é muito cedo para delinear o cenário político de 2016. De acordo com ele, a definição de alianças só ocorrerá no início do próximo ano, por volta do mês de março. Enquanto isso, no entanto, reafirma o predileção pela dobradinha vitoriosa que ocupa o Executivo goianiense.

“Em Goiânia, a aliança PT e PMDB é uma aliança exitosa, que foi vitoriosa nas duas últimas eleições, e o que eu vejo é que há o interesse das duas partes para que essa aliança continue”, afirmou o deputado, em entrevista, na última terça-feira (28), durante a abertura oficial do 11º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva.