Contar com Plano Mansueto, que ainda tramita no congresso, não é opção para o Estado. “Não podemos optar por algo que não existe”

O governador Ronaldo Caiado (DEM) reforçou a necessidade do Estado em ingressar no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Durante entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, 30, o democrata afirmou que Goiás só possui o RRF como saída para a crise fiscal, já que o Plano Mansueto ainda tramita na Câmara dos Deputados e não há prazos para sair do papel.

“Não podemos optar por algo que não existe”, apontou o governador. “O plano B é o que eu não quero para Goiás”, completou. Caiado explicou ainda que se a liminar assinada pelo ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF) cair, o Estado não terá como pagar os servidores.

A liminar determina a suspensão de seis contratos do governo com a União, por seis meses o garante sobrevida para o pedido de adesão ao programa de recuperação fiscal. No semestre passado, a liminar permitiu que Goiás suspendesse o pagamento de R$ 1,2 bilhão junto ao Tesouro e a bancos públicos. Após o período de vigência da decisão, o Estado terá que pagar o que ficou suspenso e voltar a quitar as parcelas da dívida junto a União.

“O Estado só sobrevive dentro do RRF. Não sobrevivemos com condições próprias. Então essa opção B seria perder a liminar e inviabilizar o Estado de Goiás”, explicou o governador. “Estamos trabalhando para atingir a condição junto ao Ministério da Economia para aderir ao RRF”, finalizou.