Sindiposto alega não haver aumentos expressivos de combustível em Goiânia
21 junho 2018 às 08h13

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Presidente do Sindicato, Márcio Andrade, disse que “comércio é livre para praticar os preços para que haja um mercado saudável”

Mais de 15 dias após o fim da greve de caminhoneiros, que causou desabastecimento de combustíveis pelo país, inclusive em Goiás, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado (Sindiposto), Márcio Andrade, falou ao Jornal Opção sobre os preços praticados atualmente pelas empresas na capital e alega não ter notado aumentos expressivos.
“Na verdade, até hoje o que eu percebi foi que houve redução da gasolina, pelo menos em alguns postos em que passei, de cerca de dez centavos”, afirmou Márcio, que completa dizendo que o mercado começou a perceber uma queda no preço dos combustíveis vindo da Petrobrás nesta semana. Especificamente sobre o etanol, o empresário não emitiu informações.
A queda do preço da gasolina mencionada pelo presidente diz respeito ao anúncio da Petrobrás sobre um novo corte no preço do litro do tipo A nas refinarias, o nono desde o início do mês. A partir desta quinta-feira (21/6), o valor do combustível vai ser de R$ 1,8841, ante R$ 1,8941, em vigor até esta quarta. A redução nos preços da gasolina nas refinarias, porém, representa uma queda de apenas 0,52% no valor do combustível. Isso se os empresários decidirem não transformar esse corte em margem de lucro.
Segundo o presidente do Sindiposto, o aumento nas margens de lucro foi constatado apenas na época da paralisação dos caminhoneiros para que os postos não sofressem prejuízo. Agora, porém, essa não seria a realidade.
Enquanto isso, levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas, da Agência Estado, mostra que o etanol subiu 10,66% nos últimos 30 dias em Goiás, omaior aumento do Brasil no período verificado.
Perguntado se não há limites estipulados para que os postos não pratiquem preços abusivos ao consumidor, Márcio disse apenas que “o objetivo de não tabelar os valores é para que se tenha um mercado livre e saudável, desde que não haja ilegalidade”.