Nesta quinta-feira os professores levarão um pedido de impeachment do prefeito Paulo Garcia para a Câmara Municipal de Vereadores

A greve dos servidores administrativos, docentes e auxiliares de atividades educativas da Rede Municipal de Educação de Goiânia vai continuar, assegurou nesta terça-feira (3/6) o coordenador jurídico do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), Antônio Gonçalves. Na segunda-feira (2/6) a 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) declarou que a greve é ilegal.

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Segundo o procurador-geral do município, Carlos Freitas, o Simsed é um órgão sem titularidade. Mas a professora de educação ambiental e presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB-GO), Ailma Maria de Oliveira, esclarece que, embora o Simsed não tenha registro, os educadores de Goiânia estão organizados legitimamente. “A titularidade é uma discussão nacional. Mas o direito da greve no serviço público é legítima”, pontuou.

Antônio Gonçalves relatou que a greve é um direito constitucional independente da organização trabalhista. “O Simsed é uma associação. E nós ainda não fomos notificados pela Justiça. Quando isso acontecer, iremos recorrer. Os argumentos usados para a decisão do TJ são equivocados”, argumentou.

Representantes do sindicato ainda informaram ao Jornal Opção Online que amanhã terão audiência pública com o prefeito Paulo Garcia (PT) no Paço Municipal. “É um absurdo, ele nem sequer tentar negociar”, reclamou o coordenador.

Já na quinta-feira (5), os professores levarão um pedido de impugnação de mandato do petista à Câmara Municipal de Goiânia.  “O pedido de cassação se deve ao desrespeito às normas constitucionais. Como a má aplicação dos recursos públicos e o caos generalizado na cidade”, justificou Antônio Gonçalves.