SGP pede transparência em resultados de testagem rápida realizada pela SES-GO em crianças e adolescentes
14 abril 2021 às 11h17
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Sociedade Goiana de Pediatria explica que teste sorológico utilizada Campanha de testes drive-thru gratuitos em pessoas de 2 a 18 anos tem baixa confiabilidade de resultados
Em nota publicada nesta terça-feira, 13, a Sociedade Goiana de Pediatria (SGP) pede atenção ao percentual de 13,6% de casos positivos divulgados pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), na campanha de testes drive-thru gratuitos para crianças e adolescentes de 2 a 18 anos, com objetivo de detectar a Covid-19. Exames foram realizados entre os dias 6 e 10 de abril.
No texto, a SGP explicou que o teste sorológico é baixa confiabilidade em seus resultados, especialmente caso utilizado sangue capilar (colhido nas extremidades) para sua realização, uma vez que reflete a presença de anticorpos que podem fazer reação cruzada com outros vírus.
“O teste sorológico capilar positivo não define se a criança é portadora da doença naquele momento da coleta. Portanto, ele não pode ser usado como parâmetro final para tabulação dos dados”, esclarece a SGP, em nota.
Apesar de a SES não ter esclarecido quais tipos de exames foram realizados e em quais situações os 13,6% de casos positivos divulgados se enquadram, a SGP ainda explica que para confirmação final do resultado, os exames mais confiáveis – que detectam infecção em estágio atual – são o RT-PCR ou antígeno viral. Isso, porque no exame de sangue, os anticorpos da classe IGG mostram que o paciente teve uma infecção passada, enquanto os anticorpos da classe IGM representam uma infecção recente.
“O fato de crianças assintomáticas testarem positivo para covid-19 após exame sorológico, com posterior confirmação via RT-PCR ou antígeno viral, não sinaliza a existência de carga viral superior a outros indivíduos. Independentemente de qual situação os dados divulgados pela SES se referem, as crianças não representam um maior risco para a sociedade, conforme sugere a pesquisa. A SGP pede transparência nos resultados, divulgação em números absolutos e clareza sobre quais testes estão sendo realizados nas crianças e adolescentes”, conclui a SGP.