Todos os discursos e pronunciamentos feitos durante as mais de 20 horas de sessão foram compilados em um único documento de 350 páginas

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Por diversas vezes, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) repete que “a história não perdoará” os que defendem o que chamam de golpe. De um lado ou de outro, é inquestionável que o dia 12 de maio de 2016 entrou para a história do Brasil, com a aprovação da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo Senado Federal, o que significou o seu afastamento do cargo.

A sessão, que teve início às 10 horas da manhã do dia 11 de maio e foi encerrada às 6h38 do dia 12 foi toda compilada e transcrita em um documento em PDF que pode ser baixado gratuitamente no site do Senado Federal. Em 350 páginas, o arquivo reúne todos os discursos dos senadores, bem como da defesa da presidente afastada, feita pelo então advogado-geral da União, Eduardo Cardozo, do relator da Comissão Especial do Impeachment no Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), do presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB) e do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB).

Desde os primeiros discursos até o pronunciamento da decisão final, passando por momentos históricos como a fala do ex-presidente Fernado Collor (PTC-AL), o documento também traz as falas dos três senadores goianos, Lúcia Vânia (PSB), Ronaldo Caiado (DEM) e Wilder Morais (PP) e fotos da longa sessão.

“A estimativa interna que fizemos anteriormente era mesmo de 20 horas de duração, o que foi antecipado pela imprensa. Nos bastidores, uma verdadeira operação de guerra: dúzias de consultores, quase uma centena de taquígrafos, cerca de duzentos servidores das áreas legislativa e administrativa, toda nossa equipe de policiais e de cobertura jornalística estavam a postos, pronta para passar um dia intenso de trabalho e uma noite em claro vendo a História do Brasil ser escrita diante de nossos olhos e, em alguma medida e de forma subsidiária, um pouco por nossas mãos”, escreve o diretor-geral da Mesa do Senado, Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, na introdução do documento que leva o nome de “20 Horas na História – A longa sessão de admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff”.