Servidores do Samu protestam após não receberem adicional de insalubridade
30 maio 2014 às 17h58
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A associação da categoria ainda ameaça greve caso a gestão não negocie reivindicações enviadas no início deste mês à Prefeitura de Goiânia
Os servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Goiânia (Samu) protestaram na porta da sede do Samu na manhã desta sexta-feira (30/5) reivindicando o pagamento da insalubridade deste mês, como também o adicional noturno do mês de março, que não foi pago. Os servidores ainda têm outras reivindicações e o presidente da Associação dos Servidores do Samu, Júdson Kennedy, ameaça greve.
Júdson Kennedy explica que os servidores nunca souberam o motivo da prefeitura ter subtraído o adicional noturno no mês de março. Quanto à insalubridade, ele explica que o pagamento saiu dia 28 sem o adicional por insalubridade, tampouco explicações. “Essa é uma manobra financeiro do Paulo Garcia para tentar quitar as dívidas.”
O médico e diretor-geral do Samu, Carlos Henrique Bahia afirmou que recebeu uma nota no final da tarde de ontem dos funcionários reclamando que não haviam recebido a insalubridade e que não receberam resposta do prefeito quanto ao corte do adicional noturno. “Mas ontem mesmo eu falei para eles que foi um erro na folha e que a insalubridade vai ser paga no aditivo que já foi enviado.” O diretor diz estimar que em no máximo 10 dias o dinheiro estará na conta dos servidores.
Quanto ao não pagamento do adicional noturno de março, Carlos diz não saber responder por está na gestão há somente um mês. “Não sei o motivo de não ter saído no mês de março, mas o secretário de Saúde garantiu que nenhum servidor vai ficar no prejuízo, e eu como diretor garanto para eles que irão receber isso retroativo no próximo pagamento”, disse o diretor.
Indicativo de greve
Nervoso com a situação, o presidente da associação disse que só ouve promessas. “Quero ver cumprir e pagar em 10 dias mesmo. Se não pagar, vamos parar os serviços.” De acordo com Júdson, o protesto desta sexta-feira (30) é referente aos pagamentos de insalubridade e adicional noturno, mas que a categoria também sinaliza para uma greve.
Segundo o presidente Júdson, os servidores reivindicam aumento da insalubridade, ticket alimentação, auxilio deslocamento, cargo horário de do condutor socorrista. “Já fizemos um documento com esses pedidos e enviamos para o prefeito no dia 2 de maio, que nunca veio conversar com a gente”, sustenta. Questionado se acreditava que a gestão conseguiria pagar o que a categoria reivindica, mesmo com a crise financeira vista atualmente, Júdson Kennedy respondeu: “A gente tem que lutar por aquilo que acha justo. O mecanismo para conseguir o que querermos acho que vai ser a greve; já o mecanismo para pagar a gente quem tem que pensar é o prefeito”, disse.
Já o diretor do Samu, Carlos Henrique, afirmou que ninguém chegou a conversar com ele sobre essas reivindicações. “A associação não veio sentar comigo para discutir isso. Mas eu digo que estou de portas abertas para conversar com eles.” Dizendo amar o trabalho desempenhado pelos servidores do Samu, Carlos sustenta que fará o que for possível para a melhorar as condições de trabalho dos funcionário. Questionado se acreditava que com a atual crise na gestão municipal seria possível conceder todas essas reivindicações da categoria, Carlos respondeu: “O que é legal, tenho certeza que é possível. O que a lei permitir, vamos fazer para servidor.”