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Sindicatos exigem recomposição das perdas inflacionárias sofridas nos vencimentos dos servidores públicos na folha de pagamento de abril

Com defasagem salarial de 14,72%, servidores públicos do Tocantins deram prazo de cinco dias para que o governo do estado defina sobre o pagamento da data-base. Entidades representativas do funcionalismo alegam que há perdas acumuladas desde 2019 e que no próximo dia 1º de maio vence outro período do ano destinado à correção salarial. Por isso, sete entidades representativa dos trabalhadores protocolaram documento junto à administração estadual cobrando providências imediatas. Elas exigem a recomposição das perdas inflacionárias sofridas nos vencimentos dos servidores públicos, de forma integral, já na folha de pagamento de abril deste ano. Há risco de greve no Estado.

O documento, direcionado ao governador Wanderlei Barbosa (sem partido), pede que ele assuma as responsabilidades como gestor máximo do Estado. Além disso, é solicitado a implementação dos índices relativos a diferença de 4,0747% do período compreendido de maio de 2018 a abril de 2019, quando o Governo pagou somente 1º de data-base aos servidores;  do índice do INPC/IBGE de 2,4599%, referente ao período de maio de 2019 a abril de 2020; do índice do INPC/IBGE de 7,5911%, referente ao período de maio de 2020 a abril de 2021. Para Cleiton Pinheiro, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (SISEPE-TO), o poder de compra do servidor público do Executivo está em uma situação extremamente delicada devido ao salário que recebe.

“Está difícil para o servidor público do Executivo sobreviver. Com a alta nos preços, cada vez que ele vai ao supermercado ou a um posto de combustíveis. Cada dia que passa, o servidor vai comprando menos devido a uma defasagem de quase 15% em seu poder de compra. Isso sem contar os outros direitos que estão atrasados e não foram pagos”, disse. O não pagamento da data-base coloca mais de 30 mil servidores públicos e as famílias em condições precárias para o consumo.

Entre as entidades que corroboraram para a cobrança, estão, além do SISEPE-TO, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (SINTRAS-TO). Também assinaram o documento Sindicato dos Cirurgiões Dentistas (SICIDETO), o Sindicato dos Farmacêuticos (SINDIFATO) , Sindicato dos Profissionais da Enfermagem (SEET-TO), Associação de Defesa e Apoio Jurídico aos Militares (ADPMETO) e o Sindicato dos Enfermeiros (SETO).