Servidores do MPGO, Legislativo e Judiciário podem ficar fora da reforma do Estatuto. Entenda
19 dezembro 2019 às 10h37
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Presidente da Alego alerta para possível vício de origem no texto em tramitação. Isso, segundo ele, poderia acarretar na apresentação de um destaque em plenário e exclusão dos servidores de outros Poderes
Segundo o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSB), estão “aventando” pelos quatro cantos a possibilidade do projeto que prevê a reforma do Estatuto do Servidor conter um “vício de origem”.
Questionado sobre a possível problemática do texto, o parlamentar explicou que trata-se de um dispositivo que aparentemente fere a autonomia dos Poderes.
“Pode ser que seja pedido um destaque nesse relatório, excluindo, na autonomia dos Poderes, o Ministério Público (MPGO), Judiciário e o Poder Legislativo. Isso ainda não está pacificado”, disse.
A questão, segundo Lissauer, deve ser definida já na próxima sessão extraordinária, ou seja, na tarde desta quinta-feira, 19.
A reportagem conversou com outro deputado que endossou os rumores. “Devem apresentar, sim [o destaque]. A minha dúvida é se ele irá prosperar”, pontuou.
Destaque rejeitado
Durante a reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) de ontem, o deputado Major Araújo (PSL) chegou a pedir destaque de uma emenda de sua autoria que visava a manutenção do quinquênio.
A proposta, no entanto, não prosperou. Acabou sendo rejeitada por seis votos a três. Atendendo orientações do líder do Governo, votaram contra a retomada do quinquênio (gratificação especial por tempo de serviço): Álvaro Guimarães (DEM), Dr Antonio (DEM), Amilton Filho (SD), Diego Sorgatto (PSDB) e próprio Bruno Peixoto (MDB). A favor estiveram Lêda Borges (PSDB), Henrique Arantes (MDB) e próprio Major Araújo.
Errata: o deputado Karlos Cabral não votou contra a retomada do quinquênio, como havia sido colocado nesta reportagem. O deputado, inclusive, presidia a sessão.