Os servidores administrativos da Secretaria Municipal de Educação (SME) de Goiânia terão nova assembleia na próxima sexta-feira, 6, a partir de 9h, em frente à Câmara Municipal, para decidir novos rumos da greve que começou no início da semana.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), a continuidade da paralisação foi aprovada nesta quarta, 4, em outra assembleia. Segundo a entidade, o motivo de seguir com a greve se deu pela falta de uma proposta da Prefeitura de Goiânia.

Em nota enviada ao Jornal Opção na terça, 3, a SME informou que avalia propostas para fazer à categoria. Neste momento, a pasta disse que o município verifica a viabilidade econômica. [Confira a nota na íntegra ao final do texto]

Segundo a presidente do Sintego, a deputada estadual Bia de Lima (PT), a expectativa do sindicato é que haja diálogo com o Executivo antes da assembleia de sexta para uma possível negociação.

A categoria pede o reajuste de 6% no pagamento da data-base de 2023, um novo plano de carreira e a equiparação no auxílio locomoção, que hoje é de R$ 300 e os profissionais pedem que seja de R$ 600, o mesmo valor para professores.

Pelo menos 120 unidades escolares e Centros Municipais de Educação Infantil em Goiânia, de um total de 400, enfrentam interrupções nos serviços devido à greve. É importante destacar que a paralisação é exclusiva dos servidores administrativos e não engloba os professores.

Um dos serviços mais afetados pela greve é o de limpeza, já que a maioria dos auxiliares da Prefeitura de Goiânia aderiu à paralisação.

Nota da prefeitura:

“A Prefeitura de Goiânia esclarece que a valorização dos profissionais é uma prioridade da gestão, e avalia com responsabilidade fiscal, orçamentária e técnica as demandas apresentadas pelos profissionais administrativos da educação, e segue em diálogo com a categoria.

O município esclarece que, em decorrência da queda dos repasses do Governo Federal, as projeções apontam menor arrecadação dos municípios em todo país, o que prejudica o equilíbrio financeiro, além de impactar no limite prudencial de despesa com pessoal estabelecido em lei.

A atual gestão garante direitos adquiridos dos servidores, e investiu na criação do auxílio locomoção de R$300, quitação de três data-base, pagamento da folha dentro do mês trabalhado e chamamento de aprovados no concurso. Além disso, uma comissão foi criada para reformular o plano de carreira da categoria.

A gestão municipal reforça a importância do trabalho desenvolvido por todos servidores, e avalia que uma paralisação pode afetar estudantes, interferindo no processo de ensino-aprendizagem no momento em que estão recuperando as aprendizagens perdidas na pandemia, e suas famílias, que dependem do acolhimento das unidades de ensino para que possam desenvolver suas atividades diárias.”

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