Representantes da categoria, acompanhados de vereadores, vão em comitiva até o Paço nesta tarde

Os servidores municipais da educação de Goiânia, em greve desde 26 de maio, decidiram em assembleia geral nesta segunda-feira (16/6) pela manutenção do movimento e da ocupação da Câmara de Vereadores. A categoria está no plenário da Casa desde terça-feira da semana passada (10), data em que o pedido de abertura de comissão processante para analisar o pedido de impeachment do prefeito Paulo Garcia foi rejeitado por 20 vereadores.

Também foi deliberado nesta manhã que representantes do Comando de Luta, juntamente com vereadores Elias Vaz (PSB), Djalma Araujo (SDD) e Virmondes Cruvinel (PSD), vão até o Paço Municipal para protocolar solicitação formal para audiência com o prefeito em busca de abertura de um canal de negociação. A comitiva também contará com as presenças do frei Marcos Sassatelli e do delegado Waldir Soares, do 8º DP de Goiânia.

Enquanto permanecem na Câmara, os professores não estão tendo acesso à água nem à energia elétrica, medida encabeçada pela presidência da Casa. Na última quinta-feira (11), os grevistas intensificaram o movimento e passaram a ocupar outras partes do prédio, levando os vereadores, que realizavam sessão improvisada no auditório Jaime Câmara, a votarem por ponto facultativo para sexta-feira (12) aos servidores.

Ainda na quinta-feira, juiz Fabiano Abel de Aragão Fernandes, da 2ª Vara da Fazenda Pública Municipal e de Registros Públicos de Goiânia, determinou a reintegração de posse do prédio. O magistrado autorizou ainda auxílio policial “caso o bom senso não prevaleça.”

A categoria reivindica o cumprimento integral do acordo firmado para o fim da paralisação de 2013, que durou quase um mês, além de uma audiência com o prefeito para tratar sobre cortes de benefícios a partir das dificuldades financeiras enfrentadas pelo Paço. Durante pronunciamento à imprensa na semana passada, Paulo Garcia disse que o pedido de cassação de seu mandato, feito por dois professores, foi uma tentativa de golpe e que os professores não têm o que reivindicar, visto que o cumprimento do acordo celebrado em 2013 está em andamento.