Servidores da Educação de Goiânia ameaçam deflagrar greve geral
07 março 2017 às 17h25
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Categoria se reúne na manhã desta quarta-feira (8) para tratar de reivindicações da categoria e da possibilidade de indicativo de greve
Os servidores da Educação de Goiânia ameaçam deflagrar greve geral caso a Prefeitura de Goiânia não inicie negociações com a categoria. Dentre as reivindicações, os trabalhadores pedem o recebimento da data base no mês de janeiro para os administrativos, o pagamento do piso nacional para os professores e a convocação dos aprovados em concurso de 2016.
Está marcada para a manhã desta quarta-feira (8/3) uma assembleia geral com os servidores, na sede da Secretaria Municipal de Educação, no Setor Leste Universitário, para tratar da pauta da categoria e da possibilidade de indicativo de greve.
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Representantes do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed) foram até a Câmara Municipal nesta terça-feira (7/3) pedir aos vereadores que intermedeiem as negociações com o Paço municipal.
Na ocasião, em entrevista ao Jornal Opção, o coordenador geral do Simsed, Antônio Gonçalves, fez duras críticas à gestão do prefeito Iris Rezende (PMDB) e acusou a prefeitura de montar “artimanha” para deixar de pagar o valor definido pelo piso nacional da categoria.
“Eles fazem um cálculo de 40 horas, sendo que somos concursados por 30 horas. Então, quando você faz esse cálculo para 40 horas, proporcionalmente, você reduz o que deveria ser o salário do professor — uma artimanha da prefeitura para dizer que está dentro da legalidade”, explica o sindicalista.
Antônio também cita o déficit no quadro de servidores do município e ataca o chamamento de servidores temporários frente aos mais de 4 mil concursados que ainda precisam ser convocados. “O prefeito de Goiânia tem feito uma política deliberada contra a convocação dos concursados e para fazer a prevaricação da Educação municipal através de contratos temporários”, critica o coordenador geral do Simsed.
Em audiência pública na última quinta-feira (2/3), a prefeitura informou que irá chamar apenas 660 dos 4.725 aprovados. A convocação, no entanto, só sairá depois do chamamento de 1.375 servidores temporários.
Requerimento
O vereador Elias Vaz (PSB) aproveitou a presença da categoria na sessão desta terça-feira para apresentar requerimento cobrando do prefeito e do secretário Marcelo Ferreira da Costa que iniciem as negociações com os servidores da Educação para discutir a pauta de reivindicações da categoria.
“São servidores muito importantes para a educação no Município, mas a categoria é historicamente desvalorizada. É preciso buscar essa negociação, antes que tenha início uma greve. O prefeito e o secretário precisam adotar o diálogo como uma prioridade para definir medidas que possam atender aos funcionários”, destaca Elias.