Servidores comissionados estão sendo exonerados em Goiânia
18 outubro 2024 às 09h22
COMPARTILHAR
Conforme adiantado com exclusividade pelo Jornal Opção, servidores comissionados da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e de outras áreas da Prefeitura de Goiânia estariam sendo exonerados. Fontes relataram que os cortes estão acontecendo desde quarta-feira, 16. Entretanto, ainda não há um número específico sobre quantos trabalhadores serão desligados.
Segundo vereadores ouvidos pelo Jornal Opção, os cortes servem para o prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) conseguir fechar as contas na reta final do mandato. Por exemplo, o vereador Ronilson Reis (Solidariedade) apontou que isso é um “mal necessário”.
“O prefeito precisa fechar as contas, caso contrário ele responderá por improbidade administrativa. Ele agirá com a ‘mão de ferro’ para fechar as contas e podemos considerar isso como um ‘mal necessário’”, conta o parlamentar. Reis ainda acrescenta que ficou sabendo que 50% dos cargos comissionados também devem ser cortados na companhia.
Além da Comurg, interlocutores da Prefeitura de Goiânia contam que outras áreas também estão sofrendo cortes desde ontem. No entanto, o Diário Oficial do Município (DOM) de Goiânia ainda não registrou as exonerações ontem. Também não há detalhes sobre quais outras áreas também estão sofrendo cortes, além da própria Comurg.
Comissionados na Comurg
A Companhia de Urbanização de Goiânia atingiu um recorde de cargos comissionados na atual gestão de Rogério Cruz. Desde que ele assumiu em janeiro de 2021, o número de comissionados passou de aproximadamente 50 para 656 em setembro de 2024. O aumento gerou um impacto financeiro significativo, com gastos na ordem de R$ 4,4 milhões, sem contar o 13º salário. Já o número de servidores efetivos sofreu uma redução, passando de quase 5 mil para cerca de 4,7 mil.
A Comurg justificou o aumento alegando que o número de comissionados está dentro do limite legal de 10% do total de servidores, estimando o quadro total em 7,2 mil. Contudo, essa justificativa tem sido alvo de questionamentos, pois não há um número oficial público sobre os servidores emprestados que compõem esse total. Além disso, uma Comissão Especial de Investigação (CEI) foi aberta no ano passado para apurar irregularidades, mas as investigações não foram concluídas.