Julgamento será pelo homicídio duplamente qualificado de Juliana Neubia. Crime aconteceu em julho de 2014

Tiago Henrique Gomes da Rocha, o suposto serial killer de Goiânia, vai a júri pela morte de Juliana Neubia Dias. O homicídio da jovem de 22 anos tem duas qualificadoras: motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Esse é o quarto crime os quais Tiago em que é submetido a júri popular.

O juiz Jesseir Coelho Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, avaliou que existe indícios suficientes da autoria do crime, citando inclusive o exame de balística que comprovou que a arma de fogo encontrada na casa do acusado combina com os projéteis retirados do corpo da vítima.

Jesseir rejeitou a tese da defesa, que alegava que Tiago seria inimputável. Segundo o magistrado, o laudo apresentado pela Junta Oficial do Poder Judiciário de Goiás concluiu que o suposto serial killer teria “Transtorno de Personalidade Antissocial”, conhecida como psicopatia, mas seria capaz de entender e responder pelo que fez.

O juiz rejeitou também o pedido da defesa de exclusão da qualificadora por motivo torpe. “Ao ser indagado se a raiva [que o levava a matar] era das vítimas, o acusado revelou que, na verdade, sentia raiva de tudo. Deste trecho, depreende-se a motivação torpe do acusado”, defende Jesseir.

O Caso

Juliana Neubia estava no banco do passageiro do carro do namorado, em companhia dele e de uma amiga, quando eles começaram a ser seguidos por Tiago Henrique. Quando o motorista parou o veículo no semáforo do cruzamento das avenidas Mutirão e D, no Setor Oeste, o suposto serial killer desceu da motocicleta que pilotava e, sem tirar o capacete, efetuou dois tiros na direção da jovem.