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Tiago Henrique foi considerado culpado pelo homicídio de Thamara da Conceição Silva, grávida de cinco meses, que ocorreu um junho de 2014

Ex-vigilante já foi condenado por 22 homicídios | Foto: Hernany César / TJGO
Ex-vigilante já foi condenado por 22 homicídios | Foto: Hernany César / TJGO

Em sessão presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara nesta quinta-feira (24/11), o serial killer Tiago Henrique Gomes da Rocha foi condenado a mais 21 anos de prisão. O ex-vigilante foi julgado pelo assassinato de Thamara da Conceição Silva, crime ocorrido em junho de 2014.

Thamara — que estava grávida de cinco meses — foi assassinada com um tiro no peito na Rua 3, esquina com a Alameda Botafogo, no Setor Central, em Goiânia, quando ia para a igreja que ela e seu familiares costumavam frequentar. Durante o caminho, ela e o namorado se sentaram em um banco da praça que fica no local. Thiago Henrique se aproximou do casal com sua moto, desceu e atirou na vítima, fugindo do local em alta velocidade.

O promotor Cyro Terra Peres, responsável pelo caso, lembrou que o laudo de confronto microbalístico deu positivo entre a bala que atingiu a vítima e revólver apreendido na casa do ex-vigilante. Ele lembrou do clima de temor que se espalhou pela cidade de Goiânia, na época, quando um motoqueiro matava pessoas aleatoriamente, com o objetivo de alcançar satisfação pessoal. Falou sobre a capacidade de entendimento do vigilante sobre as ilicitudes de seus atos e reforçou o resultado do laudo de insanidade mental, que concluiu que o réu é portador de transtorno de personalidade antissocial e não doente mental.

A defesa argumentou que Tiago Henrique é psicopata e, por isso, sustentou a redução da pena para a semi-imputabilidade. Também foi pedida a retirada da qualificadora de motivo torpe. O serial killer, entretanto, teve confirmada as duas qualificadoras apresentadas na denúncia –  motivo torpe e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Este foi o 23º júri popular que Tiago Henrique enfrentou. No total, as penas somam 524 anos e 4 meses de prisão. São 22 condenações por homicídio, uma por roubo a agência lotérica e uma por porte ilegal de arma. Ele foi absolvido da acusação de um assassinato.