Ex-juiz foi ao Twitter para responder texto, segundo o qual teria o Senado como plano B, caso se não decolasse nas pesquisas até fevereiro

Sergio Moro vislumbra cadeira que hoje é de Jair Bolsonaro| Foto: Divulgação

Sergio Moro reagiu a texto publicado na coluna da jornalista Carolina Brígido, no portal UOL, sobre uma eventual candidatura ao Senado e reafirmou que sua postulação é a Presidência. “Sou pré-candidato à Presidência, não ao Senado.”

Filiado ao Podemos, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça na gestão Jair Bolsonaro (PL) confessa que quer assumir o comando do Palácio do Planalto. Atualmente, está com menos de 10% das intenções de voto nas pesquisa.

Segundo a coluna, Moro ainda não teria se decidido se concorrerá ao Palácio do Planalto, ou se lança mão do plano B, que seria disputar uma cadeira no Senado, muito provavelmente pelo Paraná.

Interlocutores próximos do ex-juiz afirmam que, se ele não chegar a 15% nas enquetes até fevereiro, vai abandonar a intenção de assumir o lugar de Jair Bolsonaro. O texto no UOL diz que, no entorno de Moro, a avaliação é de que ele precisará ter um mandato no próximo ano, seja ele qual for. A ideia teria se cristalizado depois que o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), mandou a consultoria americana Alvarez & Marsal revelar os serviços prestados e os valores pagos a Moro.

Em seu perfil no Twitter, o ex-ministro e hoje desafeto de Bolsonaro reagiu:

 

O ex-juiz foi contratado pela empresa em abril, logo depois de deixar o Ministério da Justiça. Em outubro, ele largou o emprego para se lançar pré-candidato. Alvarez & Marsal é o escritório que atuou como administrador judicial da Odebrecht, empreiteira investigada pela Lava Jato – e, portanto, alvo de decisões de Moro na época que conduzia os processos em Curitiba.

Para tais interlocutores de Moro, num primeiro momento a suspeita levantada tem muito mais consequência política do que jurídica. Seria o primeiro movimento para derrubar as intenções do ex-juiz de ser eleito presidente da República em outubro. A depender do desempenho de Moro na campanha, a ofensiva pode crescer e chegar ao Judiciário.