“Senti que se a oposição não se unisse, perderia. Como vai perder”, afirmou Júnior Friboi, prevendo derrota do PMDB

05 outubro 2014 às 15h27

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A entrevista foi concedida à rádio 730 depois do peemedebista votar no Colégio Marista. Friboi, que chegou perto de concorrer ao governo de Goiás este ano, disse que deu “dois passos para trás” quando viu desunião da sigla
Exercendo seu dever cívico, como ele mesmo disse, José Batista Júnior, o Júnior Friboi, disse em entrevista à rádio 730 que o PMDB já perdeu as eleições deste ano. “Entendi que se nesse momento não estivéssemos juntos, perderíamos – como vamos perder. O PMDB é outra derrota. Não vai ganhar eleição.” O empresário foi votar no Colégio Marista, em Goiânia, e concedeu entrevista em seguida.
Friboi retirou sua pré-candidatura em maio deste ano após grande polêmica em torno do empresário e do atual candidato ao governo Iris Rezende. Em um momento deste impasse interno os políticos chegaram a ser pré-candidatos ao mesmo tempo. Na época, ao renunciar, Friboi explicou que deixava “o caminho aberto para Iris” e que iria “acompanhar a disputa eleitoral como cidadão”.
Dizendo que a decisão de retirar sua candidatura foi pessoal, o empresário sustentou que manteve-se fiel ao que registrou na carta de renúncia. “Participei como cidadão, não apoiei ninguém”. Quanto a isso, o empresário afirmou que apenas liberou seus companheiros a apoiarem quem quisessem. “Eu me mantive neutro”, disse. Questionado se haveria possibilidade de apoiar o tucano, Friboi disse: “Não vou apoiar marconi, não confirmo nada.”
O empresário sustenta que não tem mágoa quanto ao fato de ter havido uma divisão dentro do próprio PMDB, quando uns apoiavam Friboi e outros Iris. “Respeito a decisão de todos. E eu tomei uma decisão que julgo muito coerente, porque nesse momento quando a gente tinha que se unir, eu entendi que a oposição se dividiu. E eu só acreditava na vitória com uma oposição unida.”
Quanto à possibilidade de sair do PMDB, Friboi disse que não é a pretensão. “É um partido forte. Não quero sair. A não ser que me expulsem de lá”, afirmou, completando: “Era para o PMDB estar voltando para o governo de Goiás hoje, eu não tinha dúvida. Eu acredito na união das pessoas, convergindo para um lugar só, para a vitória. E no momento que isso não aconteceu, eu dei dois passos para trás e deixei seguir como a sigla desejava.”