Sem salário, servidores estaduais realizam assembleias e manifestações nesta sexta-feira
11 janeiro 2019 às 09h30

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Professores se manifestaram em frente à Seduce; Fórum de Entidades Representativas da Segurança Pública deliberam possível indicativo de greve

Com o salário de dezembro em atraso, servidores estaduais realizaram na manhã desta sexta-feira, 11, reuniões e manifestações contra o não pagamento da folha de dezembro. Nesta quinta-feira, 10, o governador Ronaldo Caiado (DEM) anunciou uma série de medidas emergenciais.
Entre as providências adotadas pelo governador, está o pedido de ajuda para que as prefeituras avalizem supermercados e farmácias para venderem fiado para os servidores com salário atrasado. Outra medida foi a de cancelar cobrança do Ipasgo e de multas do Detran e Saneago.
A atitude do governo estadual, no entanto, não agradou os servidores. “Comprar fiado? Isso não existe não. Como vamos pagar nossas outras contas? E a energia?” Não concordamos com isso”, afirma o professor Thiago Oliveira.
Os servidores da educação estão reunidos em manifestação na manhã desta sexta-feira, 11, em frente à Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esportes (Seduce).
A presidente do Sindsaúde, Flaviana Alves avalia a medida “sem pé nem cabeça”. “Como que vamos chegar num supermercado e comprar fiado? Quem é que vai vender? Isso não tem cabimento”, analisa.
Para ela, a suspensão de cobrança do Ipasgo já era óbvia, mas acredita que a situação pode desencadear novos problemas. “É claro que não ter desconto já que não temos salários. Agora, sem receber, daqui uns dias é o Ipasgo que vai começar com as paralisações”, prevê.
Flaviana e outros representantes de entidades sindicais também estão reunidos na manhã de hoje para deliberar a situação dos servidores. Para a presidente do Sindsaúde, se até o dia 20 o governador não voltar atrás na questão do parcelamento do salário e de quitar a folha de janeiro antes da de dezembro, pode haver greve geral dos servidores.
Atualizada às 17h