O presidente deve definir até fim de abril seu futuro político, além do PSL, também negocia com outras legendas. Caso Bolsonaro retorne ao partido, Goiás terá na chapa a deputado federal, além de Major Araújo e Humberto Teófilo, Vitor Hugo e Paulo Trabalho.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem falado desde o ano passado que negocia com integrantes do PSL para voltar ao partido, pelo qual se elegeu em 2018. Há pouco mais de um ano das eleições, lideranças políticas de Goiás se articulam na formação de chapas e alianças para concorrer os mandatos em 2022.

O deputado federal delegado Waldir é pré-candidato ao senado federal. E adianta que não acredita no retorno de Bolsonaro ao PSL. Segundo o deputado, o presidente da sigla, Luciano Bivar, não deve ceder às exigência do chefe do poder executivo, que teria solicitado a retirada de membros do partido. “Bivar é intransigente. Ele não abre mão de parlamentares que sempre foram fiéis ao partido”.

Para delegado Waldir, Bivar posicionou o PSL como partido centro-liberal e as ações de Jair Bolsonaro tem sido de extrema-direita. “Me parece que está acontecendo esse distanciamento. Por isso, acho difícil o presidente retornar ao PSL.

Nessa conjuntura, sem Jair Bolsonaro, delegado Waldir defende que o PSL deve eleger dois deputados federais por Goiás nas eleições de 2022. O deputado estadual Paulo Trabalho já manifestou que deve se desfilar, caso Bolsonaro não volte ao sigla. O deputado federal, Major Vitor Hugo também deve acompanhar o presidente.

O deputado Major Araújo, pré-candidato a deputado federal, também confirma que Bolsonaro não deve filiar ao PSL. “Eu acredito que não. O partido tem articulado para formar uma chapa competitiva para eleger deputados federais e estaduais, considerando a saída de algumas pessoas”. Outro pré-candidato a federal, é Humberto Teófilo.

O presidente deve definir até o fim de abril seu futuro político, além do PSL, também negocia com outras legendas. Caso Bolsonaro retorne ao partido, Goiás terá na chapa a deputado federal, além de Major Araújo e Humberto Teófilo, Vitor Hugo e Paulo Trabalho.

Bolsonaro deixou o PSL em novembro de 2019 após desavenças com o presidente da sigla, Luciano Bivar. O principal motivo foi o controle do cofre da legenda, que se tornou uma superpotência partidária ao eleger 54 deputados, quatro senadores e três governadores na esteira do bolsonarismo. Com isso, a ex-sigla do presidente deve ter a maior fatia dos recursos públicos destinados a partidos políticos neste ano, de R$ 103,2 milhões.